Arlindo Planas nasceu na cidade paulista de Avaí, em 24 de novembro de 1921. Filho de Francisco Planas e Cândida Sartori, veio para Maringá ao lado do irmão, Ângelo, em 1944.

Em uma época que não existiam postos de abastecimento e cooperativas, os cerealistas desempenhavam importante papel econômico na ligação entre produção e consumo. Com aquela oportunidade, por longo período, Arlindo Planas exerceu essa atividade comercial. 

Segundo registros de quem conviveu ao seu lado, era um homem de trato ameno e comunicativo. Atributos que lhe tornaram uma pessoa popular. Somado a facilidade que tinha para criar laços de amizade, era um exímio pescador. 

Em 1947, ocorreram as primeiras eleições para a Câmara e para a Prefeitura de Mandaguari, que havia sido elevada a categoria de Município. Naquela circunstância, Maringá estava vinculada administrativamente como distrito. Logo, dois de seus moradores disputaram aquele páreo. Eleitos, tornaram-se os primeiros representantes públicos do povoado que crescia dia após dia: Napoleão Moreira da Silva e Arlindo Planas. 

Concorrendo pela União Democrática Nacional (UDN), Arlindo foi o segundo mais votado entre todos os candidatos, alcançando 139 votos. Empossado, exerceu o mandato entre 10 de dezembro de 1947 e 10 de dezembro de 1951, período em que integrou duas comissões permanentes daquela legislatura: a Comissão de Justiça, Legislação, Redação, Finanças, Orçamento e Tomada de Contas e a Comissão de Viação, Obras Públicas, Transporte, Educação, Recreação, Saúde Pública e Assistência Social. 

Arlindo Planas cumpriu aquele mandato com enormes dificuldades devido às precárias condições viárias da estrada que conectava Maringá a Mandaguari. Aquela limitação tornava moroso o tempo das viagens para cumprir as agendas legislativas na sede. Mesmo assim, de forma simultânea, manteve a sua atividade comercial como cerealista.

Em 1953, um grande incêndio destruiu completamente o Grupo Escolar do Maringá Velho. De imediato, Arlindo cedeu ao Município de Maringá, recém-instalado e sem recursos, um de seus armazéns para que os alunos dessa instituição pudessem ali estudar até que uma nova estrutura fosse construída. 

Com a veia política pulsando, retornaria à militância em 1964, quando foi eleito vereador para a Câmara Municipal de Maringá pelo Partido Social Democrático (PSD). Fez 405 votos. Naquela oportunidade, acabou presidindo a Casa de Leis entre fevereiro de 1968 e fevereiro de 1969.

Na disputa seguinte, Arlindo Planas conquistou 711 votos pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Ficando como suplente, chegou a assumir a vaga de vereador com a saída de Ary de Lima, que elegeu-se deputado federal. 

A última eleição que disputou foi a de 1972, quando ficou na terceira suplência mediante os 580 votos obtidos. Então, afastou-se em definitivo da vida pública e passou a residir em Eldorado, no Mato Grosso do Sul. 

Casado com Maria Balani Planas, conhecida como "dona Mariquinha", uma das primeiras professoras do ensino primário de Maringá, Arlindo Planas faleceu no dia 1º de abril de 1983. Dezoito dias depois, morreria a sua esposa. A imagem mostra o casal em 1982, um pouco antes de sua partido. 

Ambos foram enterrados em Maringá. 

Fontes: Acervo Maringá Histórica.