Na noite de ontem, dia 27 de março, com o patrocínio da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, o Maringá Histórica lançou na sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM) o projeto “Preservação da memória empresarial de Maringá: digitalização do Centro de Documentação Luiz Carlos Masson”. 

Com a presença de dezenas de empresários e do público em geral, seu idealizador, o historiador e empreendedor Miguel Fernando, detalhou sobre os desafios que se deram ao longo de mais de um ano em que sua equipe se dedicou a empreitada. Ao longo do processo todo o acervo da ACIM - entidade fundada em abril de 1953 e que completa 70 anos em 2023 -, foi catalogado, digitalizado e indexado. Para disponibilizar os seus mais de 84 mil documentos, uma plataforma virtual foi especialmente elaborada. 

Para o presidente da ACIM, o prof. José Carlos Barbieri, trata-se de um projeto inédito. “Esta digitalização ajudará a preservar não só a história da entidade, mas de toda a classe empresarial de Maringá”. O presidente do Conselho Superior da associação, Michel André Felippe Soares, enfatizou que “agora, temos a certeza, que a nossa memória seguirá preservada por meio dessa moderna tecnologia em nuvem”. 

Foram dois meses de preparação e estudos, incluindo o desenvolvimento e a aplicação de todas as ferramentas de Reconhecimento Óptico de Caracteres (Optical Character Recognition), popularmente conhecida pela sigla OCR, a qual permite converter diferentes tipos de documentos em dados pesquisáveis ou editáveis. Segundo Michel Leal, da Nova Inteligência, responsável por essa área do projeto, “a plataforma poderá ser replicada para outras instituições e empresas preocupadas em preservar a sua história. Bastará o Maringá Histórica viabilizar essas novas empreitada”. 

Da Casa Sinergia Editorial, Carlos Venâncio ficou com a incumbência de estruturar a equipe para desempenhar o árduo trabalho manual de digitalizar os documentos. Utilizando de modernos scanners e outros softwares e hardwares, diversas pessoas envolveram-se nessa etapa que demandou mais de dez meses. “Dentre os desafios, destacaria as atas manuscritas, as quais os sistemas não reconhecem o seu conteúdo. Para estes documentos nossa equipe precisou digitar uma a uma as informações nele contidos”, salientou Venâncio.

O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), o prof. Leandro Vanalli, que marcou presença no evento, disse estar impressionado com os resultados. “Levaremos o modelo para ser disseminado para dentro de nossa instituição como uma referência a ser replicada”, disse o Vanalli. 

Portanto, como resultado o projeto cultural “Preservação da memória empresarial de Maringá: digitalização do Centro de Documentação Luiz Carlos Masson” entrega uma plataforma digital pesquisável com informações e fontes de pesquisa acerca da história comercial e empresarial da cidade. “100% gratuita, esperamos que seja utilizada por interessados em descobrir mais sobre o nosso passado. Também gostaria que servisse de exemplo para outras corporações”, destacou Miguel Fernando. 

Com este lançamento, a plataforma se transforma no maior centro de pesquisa virtual da cidade de Maringá. Para acessá-la, basta clicar no link - https://memoriaempresarial.maringahistorica.com.br/ 

Lei de Incentivo à Cultura

Patrocínio: Companhia Melhoramentos Norte do Paraná

Apoio: Associação Comercial e Empresarial de Maringá (ACIM)

Realização: Maringá Histórica, Ministério da Cultura e Governo Federal - Brasil: união e reconstrução.

Fotos de Ivan Amorin. 

Outras publicações:

"Paixão esquecida", novo documentário do Maringá Histórica

Pavilhão Janes - 1948