Conjunto Residencial Inocente Villanova Júnior – Pequena História

1978

Com texto de Marco Antonio Deprá

O Conjunto Residencial Inocente Vilanova Júnior foi empreendido durante a gestão do prefeito Silvio Magalhães Barros – pai – (01/02/1973 a 31/01/1977) e oficialmente inaugurado em 18/10/1978 durante a gestão do prefeito João Paulino Vieira Filho (01/02/1977 a 13/05/1982).

O conjunto foi implantado no Lote Rural nº 38, com área de 20 alqueires paulistas, localizado na Estrada Borba Gato, a cerca de cinco (5) quilômetros do centro da cidade. O nome oficial do conjunto residencial é uma homenagem, ainda em vida, ao primeiro prefeito de Maringá, cujo mandato estendeu-se de 14/12/1952 a 14/12/1956.

Vilanova nasceu em Curitiba no dia 12/03/1903, casou-se com Mafalda Noêmia Barletta e teve duas filhas, ambas médicas:  Mitzy, nascida em Teixeira Soares (PR) e casada com o médico Robinson Menon e Thelma, também nascida em Teixeira Soares (PR) e casada com o engenheiro Luty Vicente Kasprowicz. Vilanova fixou residência com sua família em Maringá em 1944 onde empreendeu uma serraria. Faleceu em 12/07/1986, aos 83 anos de idade.


Por ter sido construído na Estrada Borba Gato, o conjunto residencial Inocente Vilanova Júnior ficou mais conhecido como Conjunto Borba Gato.


Cartaz da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção – TCCC com horários da Linha 466 – Conjunto Borba Gato, nome popular do Conjunto Residencial Inocente Vilanova Júnior.

O empreendimento foi uma iniciativa da Cooperativa Habitacional dos Empregados Sindicalizados de Maringá – Coesma e Prefeitura Municipal de Maringá com recursos do Banco Nacional de Habitação – BNH, tendo como agente financeiro o Banco Sul Brasileiro de Crédito Imobiliário. O órgão assessor e fiscalizador do projeto foi o Instituto de Orientação às Cooperativas Habitacionais no Estado do Paraná – INOCOOP. A construção foi realizada pela Construtora Irmãos Mauad Ltda., empresa sediada em Curitiba (PR).


Fotografia aérea de Maringá em 1977: no lado esquerdo da imagem o Conjunto Residencial Inocente Vilanova Júnior ainda em construção. Na parte de baixo, a encruzilhada entre as Estradas Borba Gato, São José e Carlos Correia Borges, onde funcionava, à esquerda, a Escola Municipal Barão do Rio Branco.



Foram feitas 1.021 casas totalizando 36.720,99 m² de área construída, sendo:

- 300 casas com 36 m²;
- 200 casas com 40,26 m²;
- 221 casas com 49,95 m²;
- 200 casas com 54,30 m²;
- 100 casas com 60,30 m².


Vista aérea do Conjunto Inocente Vilanova Júnior em 1978, com as ruas já asfaltadas.

O conjunto residencial foi entregue aos moradores já com as ruas asfaltadas pelo Serviço Autárquico de Pavimentação de Maringá, presidido à época por Alcides Tavares. È bom lembrar que o revestimento asfáltico da Avenida Carlos Correia Borges seria realizado durante a década de 1980.

A solenidade de inauguração do conjunto foi realizada na tarde do dia 18/10/1978. Discursaram durante o evento as seguintes personalidades:

- Maurílio Correa Pinho, presidente da Coesma e líder da bancada da Arena na Câmara Municipal;
- Otto Hildebrando Doetzer, diretor superintendente do Inocoop; 
- Arnaldo Gueller, diretor-presidente do Banco Sul Brasileiro de Crédito Imobiliário;
- João Paulino Vieira Filho, prefeito de Maringá;
- Honório Petersen Hungria, diretor supervisor da área de Programas Habitacionais do BNH, no Rio de Janeiro, representando Maurício Schulmann, presidente do BNH.

Também estiveram presentes ao evento o ex-prefeito Adriano José Valente, o deputado federal Túlio Vargas e o vereador Antonio Paulo Pucca, presidente da Câmara Municipal.

As bênçãos  foram dadas pelo Padre Sidney Luiz Zanettini, Cura da Catedral Nossa Senhora da Glória.



As quinze (15) ruas do conjunto residencial foram denominadas através do Decreto do Poder Executivo Municipal nº 55, de 13/04/1978, com nomes de árvores e plantas ornamentais:

- Das Acácias;
- Das Azaléias;
- Das Camélias;
- Das Hortências;
- Das Papoulas;
- Das Primaveras;
- Das Samambaias;
- Das Sibipirunas;
- Das Tipuanas;
- Das Violetas;
- Dos Alecrins;
- Dos Antúrios;
- Dos Cravos;
- Dos Gerânios; 
- Dos Ipês.

Posteriormente, muitas dessas ruas foram estendidas a outros loteamentos da região, como é o caso da Rua das Camélias, cuja denominação foi estendida pela Lei nº 1988, de 24/12/1985 até a Avenida Dr. Luiz Teixeira Mendes. 

A Rua das Tipuanas é a principal via do bairro, onde estão instaladas empresas comerciais e de prestação de serviços que atendem às demandas dos moradores. Outra importante via é a Rua das Azaléias, que dá acesso a bairros vizinhos.

Atualmente, muitas das casas mantêm a arquitetura original. Algumas são assobradadas, o que é incomum nos outros conjuntos residenciais de Maringá.




O Conjunto Borba Gato conta com os seguintes equipamentos públicos:

- Colégio Estadual Tomaz Edison de Andrade Vieira, que entrou em funcionamento a partir de 02/01/1982 e foi inaugurado oficialmente em 26/03/1982 e que homenageia o ex-presidente do antigo Banco Bamerindus, falecido em acidente aéreo em julho/1981;

- Parque Municipal Borba Gato: situado nos fundos do Conjunto Borba Gato, compõe a Zona de Proteção Ambiental 9 e possui um remanescente de vegetação nativa em uma área de 76.540,00 m², sendo declarado parque através do Decreto 504/1994. Dentro do parque, na Rua das Papoulas, havia o Recanto Borba Gato, local de lazer dos moradores do bairro e que foi fechado em 2006 após um surto de leishmaniose. Hoje, no local, há um parque infantil, bem na esquina com a Rua das Sibipirunas.

- Centro da Juventude Antônio Paulo Pucca, inaugurado em 29/06/2012, localizado na Rua das Sibipirunas, 1523 e que atende jovens entre 7 e 17 anos com atividades esportivas, recreativas, tecnológicas e profissionalizantes, além de servir como espaço cultural e de integração social para jovens de todos os bairros da cidade. 

- Centro Esportivo Professora Edith Dias de Carvalho, fundado em setembro/1990 e situado na Rua das Azaléias, 1683. O nome é uma homenagem, ainda em vida, à professora, vereadora em Maringá em cinco (5) legislaturas, ex-secretária municipal de educação em Maringá e ex-presidente do então Conselho Municipal de Cultura de Maringá.

Fontes: Texto e contribuições de Marco Antonio Deprá / Acervo Maringá Histórica. 

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