O inusitado fato ocorreu em 22 de setembro de 1956, durante algum momento do evento de inauguração do Grande Hotel Maringá. 

Construído pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP) com o objetivo de melhor receber e hospedar autoridades, personalidades e investidores em solo maringaense, o estabelecimento nasceu grande. Com projeto de José Augusto Bellucci, trouxe o traçado da arquitetura moderna bem como aquilo que havia de mais requintado à época. Ficou conhecido como o "cinco estrelas do sertão paranaense". 

Ocorre que para realizar aquela solenidade, foram hasteadas três bandeiras em frente ao hotel, a do Paraná, a do Brasil e a de São Paulo, estado de origem da diretoria da CMNP. Ao ver a bandeira paulista em solo paranaense, Aníbal Goulart Maia sacou seu revólver e descarregou em direção a ela. Extremamente sulista, Maia, que comandava diversos jagunços na região, não aceitava aquela condição. Embora o susto, não passou daquela agressão contra a bandeira. 

As imagens mostram a forma a qual as bandeiras foram hasteadas em frente ao Grande Hotel Maringá. De ternos escuros, da esquerda para a direita, aparecem: Gastão de Mesquita Filho, diretor-superintende da colonizadora; Moysés Lupion, então governador do Paraná; Cássio da Costa Vidigal, diretor-presidente da colonizadora.

Em dezembro daquele mesmo ano, Aníbal Goulart Maia seria protagonista de outro fato curioso. Ordenou que um de seus jagunços desse uma surra no prefeito eleito do município, Américo Dias Ferraz. 

Fonte: Acervo CMNP / Acervo Maringá Histórica. 

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