Maringá nasceu como uma cidade projetada pela elite financeira de sua época. Embora seja comum as histórias dos trabalhadores que aqui chegaram sem recursos para desbravar a terra, havia também uma distinta classe empresarial que empregava esses operários e fazia da terra crua seu palco de conexão social.

Não é estranho pensar que a planta urbanística original de Jorge de Macedo Vieira, publicada na edição de maio de 1948 da revista A Pioneira, de Londrina, já contasse com o espaço do aeroporto com três pistas. O transporte aéreo era uma opção desde o início dada as condições precárias do acesso rodoviário à região. 

A pista de pouso foi inaugurada já em 1949, dois anos depois do início da venda de lotes na região do Maringá Novo, região onde inaugurada a sede social do Aero Clube, que ficava onde hoje é o supermercado Muffato Gourmet, esquina da avenida São Paulo com rua Néo Alves Martins. 

A sede social do Aero Clube de Maringá era o ponto de encontro da elite e o clube social mais prestigiado por suas atrações e festividades, além de ser o espaço para eventos de requinte da sociedade. 

As imagens mostram convites à programação de fim de ano do Aero Clube na década de 1950, especialmente nos anos 1954 e, em especial, 1957, quando o Aeroporto Gastão Vidigal foi inaugurado. Os convites, publicados no O Jornal, de direção do jornalista Ivens Lagoano Pacheco, requerem dos convidados traje a rigor e prometem atrações dançantes como orquestras, conjuntos populares e concursos de beleza, como o mencionado Rainha da Asa, que teve 10 finalistas.

Fontes: Acervo Maringá Histórica / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / O Jornal de 25 de Dezembro de 1954 e Dezembro de 1955.   

Outras publicações:

Área industrial da Companhia Melhoramento Norte do Paraná - 1955

Rádio Cultura - 1954