A imagem é de uma casa de bingo em Maringá, em 1995, do documentário “Maringá: Um Canto de Vida”. Era um dos atrativos da cidade quando esse tipo de jogo de azar estava legalizado, desde o início daquela década, com a aprovação da Lei Zico. O ex-jogador de Futebol foi secretário de Esportes do então presidente Fernando Collor e desenvolveu regras esportivas que, criaram o filão, repassando 7% do faturamento para federações olímpicas. No entanto, problemas e denúncias resultaram em uma CPI na Câmara dos Deputados mais tarde.

As casas de bingo movimentavam a região e era uma forma de entretenimento, apesar das críticas de religiosos que entendiam que o jogo de azar era viciante e poderia levar famílias à ruína financeira.  

Em 1998, chegou a famosa Lei Pelé, uma vez que o ídolo do futebol desempenhava a mesma função no governo de Fernando Henrique Cardoso. Todavia, as denúncias de irregularidades se sucederam e causaram a saída do sucessor de Pelé, Rafael Greca, em 2000.

Os bingos também movimentaram a passagem de Lula na presidência. O primeiro escândalo foi o vazamento de mensagens entre Waldomiro Diniz, assessor de José Dirceu na Casa Civil, com o “empresário” Carlinhos Cachoeira, vinculado ao jogo do bicho. Outra CPI foi feita e o presidente assinou uma medida provisória vetando o funcionamento de qualquer casa de jogos no Brasil em fevereiro de 2004.

Os bingos foram abolidos por uma década até que o Marco Regulatório das Organizações Sociais (lei 13.1019/2014) concedeu a oportunidade para que organizações sem fins lucrativos realizassem ações para obter recursos para os seus projetos.

Fonte: https://igamingbrazil.com / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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