1995
Em setembro de 1995, a Secretaria Municipal de Cultura convidou artistas plásticos para apresentarem propostas para um mural que seria instalado na parede externa do Teatro Calil Haddad, que estava com as suas obras na etapa final.
A então secretária Marilin Tupan detalhou que alguns artistas da cidade haviam sido especialmente convidados para apresentarem as suas propostas. Essa seleção se deu pela representatividade destes profissionais. Dentre alguns deles, Mado, Tânia Machado, Zanzal, Walda Sussai, José Antonio Firmino, Nilza, Paolo Ridolfi, Cristina Agostinho, Lilian Lobo e Carlos Mariucci.
Aquela proposta poderia ser formulada de maneira individual, em duplas ou em grupos de três ou mais pessoas.
A obra era prevista ocupar uma dimensão de 22 metros de altura por 40 metros de largura, devendo ser executada em pastilhas, deixando o artista livre para criar, inclusive, sem limitação do uso de cores. Haveria um prêmio para o vencedor ou grupo selecionado, do qual não foi divulgado o valor. As ideias foram apresentadas até o dia 20 de outubro daquele mesmo ano.
Depois da análise de 12 trabalhos inscritos, a proposta do casal Paolo Ridolfi e Cristina Agostinho foi a selecionada. Nas cores cinza, mostarda e vermelho, o mosaico vencedor era composto pelas máscaras da comédia e da tragédia, concepção que propunha uma representação simbólica do espetáculo teatral. Para compor a obra, milhares de pastilhas de vidro com 25 cm seriam utilizadas. Esses itens seriam produzidos por uma cerâmica paulista especializada em revestimentos vitrificados.
Em entrevista ao O Diário do Norte do Paraná, o casal destacou: "Trabalhos que vão para as galerias de arte têm um público muito restrito, ao contrário de um painel como este".
A previsão era que este mosaico fosse finalizado antes da inauguração do teatro, marcada para setembro de 1996. "Será uma obra eterna que, com certeza, se tornará uma das marcas da cidade e que sobreviverá às gerações", ressaltou Marilin Tupan.
O Teatro Calil Haddad foi inaugurado em 30 de dezembro de 1996, mas a obra de Paolo e Cristina nunca foi executada.
Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 27 de setembro e 25 de outubro de 1995 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica.
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