O prédio do IBC em Maringá

1971

Um prédio, sem dúvidas, há muito esquecido na história é o que funcionou a agência do Instituto Brasileiro do Café (IBC) em Maringá. 

Instalado na avenida XV de Novembro, segundo O Jornal de Maringá, de outubro de 1971, as suas obras foram executadas pela Construtora Steca, do Rio de Janeiro.


Ao que tudo indica, a construção se arrastou por aproximadamente quatro anos, pois sua inauguração se deu às 10h30, do dia 18 de dezembro de 1975. À época Camilo Calazans de Magalhães era o presidente do IBC; José Cassiano Gomes dos Reis Júnior era o presidente da Junta Consultiva do IBC; Paulo Carneiro Ribeiro era o Secretário da Agricultura do Estado do Paraná. Também estiveram presentes à solenidade José de Paula Motta Filho, diretor de Produção do IBC; Peracchi Barcelos, diretor do Banco do Brasil para a região sul e autoridades municipais. Silvio Magalhães Barros era o prefeito de Maringá e Antonio Mário Manicardi era o presidente da Câmara Municipal. 


Percebe-se que mesmo o café tendo movimentado a região de Maringá, sobretudo ao longo das décadas de 1940 a 1960, a agência do IBC foi inaugurada na cidade apenas no final de 1975. Ainda vale lembrar que em julho daquele mesmo ano lavouras foram atingidas pela geada negra, intempérie que dizimou a produção agrícola daquela e das próximas safras. 

Além de ser um importante agente econômico, o prédio do IBC de Maringá manteve um excelente auditório e um amplo saguão (com paredes de madeira ornamentadas com grãos de café), por onde diversos eventos artísticos e culturais foram realizados. Claro, o espaço também foi utilizado para reuniões de entidades diversas. 

Durante anos a agência de Maringá foi dirigida por Eseron Rose Buhrer. 


Em 8 de maio 1990, o Instituto Brasileiro do Café foi extinto pelo governo Collor, de acordo com um programa oficial para a reformulação da máquina estatal. Com isso, a gestão brasileira teve que arcar com ações judiciais movidas por credores do IBC no exterior. Entretanto, com a sua extinção, produtores deixaram de ter no governo a gerência de uma política exclusiva para o produto, que passou a ser administrado em cada estado de acordo com interesses específicos.

O Diário do Norte do Paraná de 15 de julho 1991 informou que o prédio do IBC, em Maringá, seria transferido para o uso da Delegacia da Receita Federal. O imóvel estava sendo desocupado desde o mês anterior daquela notícia. Os 6 funcionários que o Instituto mantinha em Maringá iriam continuar trabalhando nos escritórios dos armazéns, esses últimos que foram inaugurados na cidade no início da década de 1960. À época daquela mudança, Elpídio Alves Dias era o delegado substituto da Receita Federal em Maringá.

A edição do mesmo impresso de 24 de abril 1993 informou que a nova agência da Receita Federal foi inaugurada um dia antes, no local predeterminado, que havia passado por reformas. Segundo detalhado, 125 funcionários trabalhavam na Receita Federal e Luiz Antonio Vargas era o delegado. 

Fontes: contribuição e acervo de Marco Antonio Deprá / O Jornal de Maringá de 18 de outubro de 1971 / Folha do Norte do Paraná de 31 de maio de 1972 / O Diário do Norte do Paraná de 15 de julho de 1991 e 24 de abril de 1993 / Acervo Maringá Histórica. 

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