Lançamento da pedra fundamental da Acema - 1978

1978

Os primeiros imigrantes orientais chegaram por aqui ainda no final da década de 1930. Algumas dessas famílias se instalaram na região conhecida como estrada Guaiapó, próximo à gleba Sarandy. A maioria deles atuou com o cultivo do café, vindo inclusive a empreender com a compra e venda desta cultura. Também houve aqueles que beneficiaram arroz e demais produtos do campo. Outros nipônicos entraram no ramo automotivo e de recauchutagem. Enfim, tiveram intensa participação na economia local. 

A historiadora France Luz registrou que entre 1938 e 1973, os asiáticos representaram quase 3% de todos os compradores de lotes de Maringá. Ao melhor interpretar este dado, constatou-se que, logo após os brasileiros, os japoneses, seguidos dos portugueses, foram a nacionalidade mais representativa no quadro de pioneiros da cidade. Não por menos, a sociedade nipônica passou a se organizar por meio de entidades que foram criadas ainda na década de 1940, como é o caso da Maringá Nihonjin Kai, que era a Associação dos Japoneses de Maringá que representava 65 famílias de imigrantes. 

Um braço da Nihonjin Kai nasceu em 1947, proveniente da geração jovem nipo-brasileira aqui estabelecida. Trata-se da Sociedade Cultural Esportiva de Maringá, a Socema, que foi instalada em duas áreas. A área social e administrativa e a escola japonesa tinham entrada pela rua Evaristo da Veiga. O terreno ia desde a rua Marechal Floriano Peixoto até a rua Francisco Glicério. Já a área esportiva, onde ficava o campo de beisebol, estava entre as ruas Marechal Floriano Peixoto e Evaristo de Veiga e a avenida Colombo. 

Em 1972, essas duas entidades foram incorporadas e transformadas na Associação Cultural e Esportiva de Maringá, a Acema.  Não por menos, naquele mesmo ano o prefeito Adriano José Valente declarou por força de lei irmandade com a cidade de Kakogawa, no Japão. A partir daquele gesto diplomático, uma estreita relação política e econômica se abriu com o país do Sol Nascente, de onde passaram a visitar Maringá uma série de comitivas empresariais. O mesmo teve início com ida de líderes maringaenses para o Oriente. 

Essa representatividade fez com que Maringá fosse inserida na rota da visita imperial que os então príncipes do Japão fizeram ao Brasil no ano de 1978, em função das comemorações dos 70 anos da imigração nipônica no país. A agenda na cidade foi intensa naquela oportunidade. 

Na tarde de 20 de junho de 1978, o príncipe do Japão, Akihito, e sua esposa, Michiko, chegaram ao Aeroporto Regional Dr. Gastão Vidigal e foram direto para o Parque do Ingá, onde inauguraram o Jardim Japonês.

A visita imperial ainda contou com o lançamento da pedra fundamental da futura sede da Acema, na avenida Kakogawa, para onde a sua sede seria transferida pouco tempo depois. Grande número de autoridades e representantes da colônia nipônica se fizeram presentes naquela solenidade. O então governador Jayme Canet Jr., junto da primeira dama do Estado, Lourdes Araújo Canet, participaram do ato simbólico. 





A passagem imperial em Maringá ainda contou com a recepção feita por milhares de estudantes, que balançavam bandeirinhas do Japão e do Brasil ao verem a comitiva cruzar as principais vias.

Após pernoitarem no Hotel Bandeirantes, no dia 21 de junho de 1978, ainda pela manhã, o casal seguiu viagem.

Fontes: Foto Maringá - Fotos de Kenji Ueta / Contribuições de Shiniti Ueta / Acervo Maringá Histórica. 

Inscreva-se

* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.

Inscreva-se

* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.

Cookies: nós captamos dados por meio de formulários para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.