A Quadra 23 da Zona 4 de Maringá

1950

Com texto de Marco Antonio Deprá.

Apesar de contar com apenas 74 anos de fundação e ter sua história muito bem preservada através de fotografias, documentos, livros, mapas, jornais, revistas, trabalhos acadêmicos e arquivos de som e imagem, ainda é possível se surpreender com informações inéditas sobre Maringá.

Foi o que aconteceu comigo ao ler uma postagem no site ”Maringá Histórica” publicada em 22/08/2021. A matéria intitulada “Drogaria Minerva - Anos 1950” mostra um prédio projetado por Philipp Lohbauer para abrigar a filial maringaense daquela drogaria.

De acordo com o site “Arquivo Arq”, Philipp Lohbauer nasceu na Alemanha e cursou arquitetura na Escola Politécnica de Munique, entre os anos 1925 e 1930. Tendo como endereço profissional a cidade de São Paulo, foi ele quem projetou o edifício do Othon Palace Hotel construído na Praça do Patriarca, 96, na esquina com a Rua Libero Badaró, na capital paulista. Para Maringá, Philipp Lohbauer projetou quatro  edificações. Uma delas me chamou a atenção: Hospital Sant´Anna, unidade de saúde da qual eu nunca ouvira falar.

De acordo com o site da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU, da Universidade de São Paulo – USP, o Hospital Dr. Sant´Anna estaria localizado na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama, na Zona 4 de Maringá. Consultando a Dissertação de Mestrado intitulada “Arquitetura e Estratégias Projetuais de Philipp Lohbauer para o Norte do Paraná”, de autoria de Carla Martins Olivo sob orientação do Professor Doutor Renato Leão Rego, de março/2014, tem-se uma única imagem do projeto do Hospital Sant´Anna, sem informações sobre a data em que foi elaborado. A dissertação relaciona diversos projetos do arquiteto para edificações no Norte do Paraná em cidades como Jacarezinho, Cornélio Procópio, Assaí, Londrina, Rolândia, Apucarana, Mandaguari, Marialva e Maringá, elaborados entre os anos 1942 e 1953.


Projeto do Hospital Sant´Anna, localizado na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama.

A princípio, imaginei que o Hospital Dr. Sant´Anna pudesse ter sido o precursor do Hospital Brasília, que também se localizava na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama. Fundado pelo médico Salim Haddad, atualmente é denominado Hospital Santa Rita. Ocorre que o Dr. Salim Haddad foi inscrito no Conselho Regional de Medicina em 04/04/1966 e fundou o Hospital Brasília somente em 1971, conforme registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ.

Então, concluí que o Hospital Dr. Sant´Anna deveria ter sido construído numa das outras três esquinas do cruzamento da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama.

Lembrei-me, então, que uma instituição religiosa ocupou por muitos anos a Quadra nº 23 da Zona 4, localizada entre a Avenida Curitiba, a Praça Manoel Ribas, a Avenida Rio Branco e a Rua Luiz Gama. 


Fragmento do Mapa de Maringá – 1958-1960. Ao centro a Quadra nº 23 da Zona 4.

Então consultei o ótimo livro “A igreja que Brotou da Mata”, de autoria do Padre Orivaldo Robles, que conta a história da Igreja Católica em Maringá. Conforme descrito na página 178, Dom Jaime Luiz Coelho, primeiro bispo da Diocese de Maringá, tinha a intenção de abrir de frente para a Praça Manuel Ribas um espaço destinado à adoração perpétua do Santíssimo Sacramento. Também pretendia convidar a Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, para ali abrirem um pensionato. Ainda de acordo com o relato do livro, o terreno amplo, bem localizado e com área total de 4.402,00 m² continha um antigo hospital de madeira desativado, que poderia ser utilizado pelas religiosas para abrigar o pensionato.


Imagem aérea do centro de Maringá – provavelmente tirada entre 1950 e 1953. No círculo vermelho a Quadra 23, da Zona 4. Na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama, vê-se a única construção no terreno.

Ainda segundo relatado no livro, em 1957 Dom Jaime, por carta, começou entendimentos com o proprietário do imóvel – o médico Álvaro Barcellos Sant´Anna –, residente no Rio de Janeiro, para aquisição do imóvel.

Consultando os arquivos da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em Jussara tivemos acesso à ficha do terreno a qual reproduzimos abaixo.


Arquivo CMNP – Ficha da Quadra 23, datas 1 a 6.

A área da Quadra 23 da Zona 4 foi adquirida pelo Dr. Álvaro Barcelos Sant’Anna em 26/07/1951 com a obrigação de construir uma casa de saúde e dependências em seis meses, o que deve ter sido cumprido de fato.

Minha curiosidade inicial, enfim, estava satisfeita. Realmente existira um Hospital Dr. Sant´Anna em Maringá.

Então busquei mais informações sobre o assunto.

Pesquisando através da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, tive acesso a diversos periódicos com notícias sobre o Dr. Álvaro Barcellos Sant´Anna, que se formou médico pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1936, quando então transferiu residência para Sarandi, à época Distrito de Passo Fundo (RS), onde passou a clinicar. Em 1950, com 42 anos de idade, transferiu-se para Maringá onde construiu e fundou o Hospital Dr. Sant`Anna e onde atuou por apenas três anos. Em seguida transferiu residência para o Rio de Janeiro (RJ), cidade onde atuou como psicanalista. O médico faleceu aos 57 anos de idade em 07/11/1965. Seu corpo está sepultado
no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. 

Então se pode concluir que o Dr. Sant´Anna veio para Maringá, adquiriu um grande terreno da Zona 4, instalou ali um pequeno hospital de madeira e logo encomendou o projeto de um amplo edifício hospitalar ao arquiteto Philipp Lohbauer.

Talvez a grande geada de agosto/1953 tenha mudado os planos do Dr. Sant´Anna que trocou Maringá pela cidade do Rio de Janeiro em 1954, sem nunca ter executado o projeto do novo prédio do hospital.

O hospital deve ter continuado em funcionamento pelo menos até 1956, possivelmente arrendado a outros médicos. A edição de 18/01/1956 do periódico Diário do Paraná traz matéria sobre a cidade de Maringá onde o Hospital “Santana” é listado como um dos estabelecimentos de saúde da cidade.

É bom lembrar que, naquela época, Maringá já contava com algumas “casas de saúde” como, por exemplo: Hospital Maringá, de médicos liderados por José Gerardo Braga; Hospital Santa Cruz, dos médicos Manoel Netto Leite e Waldemar Prandi; Hospital São Paulo, dirigido pelo Dr. Augusto Pinto Pereira; Hospital Santa Lúcia, do Dr. Michel Felippe; e a Clínica Bastos, do Dr. Aloysio de Lima Bastos.

O fato é que em 1957, Dom Jaime chega Maringá e depara-se com aquele amplo terreno na Quadra 23 da Zona 4, com o hospital já desativado, local ideal para implantar aquelas suas idéias. Após negociações com o Dr. Sant´Anna, o imóvel foi alugado e entregue à Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, entidade fundada em 03/05/1928 por Dom Francisco de Campos Barreto, bispo de Campinas (SP) e pela Madre Maria do Calvário (Maria Villac), primeira Superiora Geral daquela Congregação.

A Casa Nossa Senhora da Gloria, de Maringá, foi fundada pela Congregação no dia 15/08/1957, vinculada à Província do Coração Eucarístico de Jesus Crucificado, criada em 15/09/1955 em Porto Alegre (RS) e que administrava as obras da Congregação nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

As primeiras irmãs chegaram a Maringá entre os dias 27 e 30/08/1957 e a instalação da Casa Nossa Senhora da Glória deu-se no dia 02/09/1957. As primeiras Irmãs a integrar a Casa foram:

- Madre Maria de Nazareth Penteado Bueno;
- Irmã Margarida de Andrade;
- Irmã Maria Nair Cavalari; e
- Irmã Maria das Dores.

De início, a Irmãs abriram o Pensionato Nossa Senhora da Glória destinado a abrigar meninas de outras cidades da região que desejassem estudar em Maringá. No Paraná, a Congregação mantinha um pensionato em Curitiba, inaugurado há poucos meses, em 01/03/1957, para abrigar vestibulandas e universitárias na capital do Estado.

No dia 29/10/1957, a Irmãs fundaram a Obra dos Tabernáculos que com a colaboração de senhoras da sociedade maringaense confeccionava alfaias para celebrações eucarísticas, vestes litúrgicas, bordados em toalhas, pinturas em panos e crochês.

No início de 1959, as Irmãs abriram o Jardim São José, jardim da infância, além de uma escola que ofertava o curso primário para meninas impossibilitadas de estudar no Colégio Marista, que só admitia estudantes do sexo masculino naquela época.

As instalações da Casa Nossa Senhora da Glória serviam de ponto de encontro dos membros da Juventude Estudantil Católica – JEC, organização criada por Dom Jaime em 1958 para reunir estudantes com o objetivo de fomentar lideranças e de conscientizar os jovens sobre as transformações político-sociais exigidas pelo pós-guerra e pelo processo de urbanização do Brasil. A orientação espiritual era assegurada pelo próprio bispo e, na sua ausência, pela Irmã Dorilda (Dorilva Farias da Costa).

Estudantes secundaristas pertencentes à Juventude Estudantil Católica – JEC, em encontro realizado no final do ano de 1960 na Casa Nossa Senhora da Glória, da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. Em pé (a partir da esquerda): João Waldecir Scramin, Irmão Marista Joaquim, D. Jaime Luiz Coelho, Maria Elisa Jarreta, Sulamita Knabben, Djanira Knabben, Sandra Valente (filha do ex-prefeito Adriano Valente), Vanir Cecília Maiochi, Juracir Valler, Aliana Vieira (filha do ex-prefeito João Paulino Vieira Filho), Irmã Dorilda, Ione e Jurema Valler. Agachados (a partir de esquerda): Hugo Hoffmann, Adroaldo Knabben, Pedro Santa Rosa, Adilson Irineu Schiavoni, José Sversutti, Ideval, Irineu Muchagata e Oswaldo Pereira Ayres.


De acordo com o livro do Padre Orivaldo, ainda em 1959, a Congregação adquiriu o imóvel do Dr. Sant´Anna através de empréstimo bancário
conseguido e avalizado pelo bispo. A informação foi confirmada pela CMNP que anotou na ficha do terreno que a transação deu-se no dia 11/05/1959. A transcrição nº 1727, de 01/09/1962, do 2º Cartório de Registro de Imóveis de Maringá, registra que a Escritura de Venda e Compra foi lavrada em 31/08/1962, tendo como transmitente a Companhia Melhoramento Norte do Paraná – CMNP e adquirente a Sociedade de Assistência Social e Educacional, entidade ligada à Congregação e também sediada em Porto Alegre (RS), tendo como sua representante a Irmã Maria de Nazareth Bueno.

Com o tempo, além do pensionato, as irmãs diversificaram os cursos ministrados para aprimoramento da juventude feminina. O humilde jardim da infância e a escola primária converteram-se no Colégio Nossa Senhora da Glória, a meio caminho entre os colégios católicos Santa Cruz e Marista.

Em 09/01/1961, Dom Jaime e as irmãs da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado fundaram a Obra do Berço. Coordenada pela Irmã Maria Nair Cavalari, essa obra assistencial teve o auxílio de um grupo de senhoras voluntárias que realizaram um intenso trabalho social e de promoção humana, assistindo às gestantes carentes e suas famílias. Dentre outras atividades, faziam entrevistas com gestantes, ministravam palestras sobre planejamento familiar, higiene e nutrição, faziam encaminhamento para exames pré-natal e a hospitais e realizavam bazares beneficentes e distribuição de enxovais.

Colégio Nossa Senhora da Glória - Turma da 1ª série – 1966 - Professora Maria Helena. Acervo: Sueli Teresinha da Rocha Tavares.

De acordo com o depoimento da ex-aluna Suely Teresinha da Rocha Tavares, o Colégio Nossa Senhora da Gloria teria encerrado atividades em 1967. Ela conta que fez o Jardim da Infância e o primeiro ano do primeiro grau na escola. Com o encerramento das atividades, ela migrou para o Colégio Santo Inácio, na Vila Operária.

Em meados de 1969, a Irmã Judite Arboite e o Padre Orivaldo Robles, cooperador da catedral de Maringá, ministraram dezenas de cursos para formação de catequistas entre as professoras das escolas pertencentes ao Núcleo Regional de Ensino de Maringá.

Em 1971, foi construída uma ampla residência em alvenaria com 359 m² destinada às Irmãs. Localizada na esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Luiz Gama, foi construída com recursos aportados por católicos italianos através da Fraternidade Maringá-Brescia.

Vista aérea de Maringá de 1971: No quadrado vermelho a Quadra 23 com suas construções.


Vista aérea de Maringá de 1971: Detalhe na fotografia anterior. À direita vê-se a casa de alvenaria das Irmãs. Ao centro, as antigas construções de madeira que abrigavam o Jardim São José e o Colégio Nossa Senhora da Glória.


Revista “Os Vinte e Cinco Anos da Diocese de Maringá”: Fachada da casa das Irmãs, vista da Avenida Rio Branco.


Croqui da Quadra nº 23 da Zona 4 com as construções existentes na década de 1970.

Em meados dos anos 1970 as irmãs, já residindo na casa de alvenaria, resolveram alugar as antigas construções de madeira para professoras que se associaram e instalaram na Rua Luiz Gama, 45, a Escola Nossa Senhora dos Anjos, instituição privada de educação infantil que funcionou naquele local por cerca de uma década.

Através das décadas, as Irmãs também desenvolveram outras importantes atividades em Maringá e região, tais como:

- Colaboração na Pastoral Arquidiocesana e Paroquial, com atividades de evangelização, catequese, atuação nas Comunidades Eclesiais de Base – CEBs, em Grupos de Reflexão e atendimentos às populações nos bairros da periferia e mais pobres;

- Promoção de cursos profissionalizantes, tais como corte e costura, artesanato, prendas domésticas, pintura, bordados e para cabeleireiros.

A Irmã Otilde Rubin Piccin trabalhou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE entre os anos 1975 e 1984 fazendo orientação religiosa às crianças e suas famílias. Naquela época, as cinco irmãs que atuavam em Maringá trabalhavam na Paróquia Cristo Ressuscitado como responsáveis pela liturgia e pela catequese. Quando a Irmã Otilde foi transferida em 1984 para outra cidade, ficaram apenas três irmãs em Maringá, sendo uma delas, a Irmã Maria Nair Cavalari, já muito adoentada.

Além do imóvel da Quadra 23 da Zona 4, a Congregação também era proprietária da chácara nº 538, na Zona Fiscal 38, com área de 36.300 m², que posteriormente foi doada à APAE. A chácara está localizada no Anel Viário Prefeito Sincler Sambatti, nº 8973 e atualmente é a sede da APAE. 

Arquivo CMNP - Ficha do Lote 538.

Em 1981 a Congregação deu início ao processo de venda de terrenos da Quadra nº 23 da Zona 4.

A primeira fração a ser vendida foi o lote nº 5-6, com área total de 1.597,00 m², sem construções. O lote foi vendido para Anália Reigota da Rosa, em 15/12/1981. Entre os anos 1986 e 2017, neste terreno funcionou o Car Wash, que começou como uma pequena empresa de lavagem de veículos até se tornar no mais famoso bar da noite maringaense. Diversamente do que imaginou o primeiro bispo, a face da quadra aberta à praça, em vez de adoração perpétua do Santíssimo Sacramento, passou a ostentar uma casa noturna. Em 1998, o mesmo empresário do Car Wash abriu o Nite Club, uma das melhoras casas noturnas da história de Maringá que funcionou até 2017. Em outubro/2019
todas as construções existentes no lote nº5-6 foram demolidas para dar lugar a um novo edifício que abriga agora uma unidade da Burguer King com amplo estacionamento, inaugurada em dezembro/2019.

Imagem Google: em vermelho a Quadra 23 da Zona 4. Em amarelo o lote 5-6.

Restou à Congregação um lote de 2.805 m² onde se localizavam a casa de alvenaria das Irmãs e três velhas construções de madeira que antes abrigavam o Pensionato e o Colégio Nossa Senhora da Glória. Nessa época, a Casa Nossa Senhora da Glória era composta por três Irmãs.

Em 1982, por motivos financeiros, a Irmãs foram morar em uma das casas de madeira existentes no terreno. A casa de alvenaria, onde até então moravam, foi locada para o Restaurante Don Peponi, fundado naquele ano e que se manteria no local até 2003.
 
Em 1987, incapaz de prover a Casa com novas religiosas, a direção provincial da Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado resolveu encerrar as atividades da Casa Nossa Senhora da Glória de Maringá fundada há 30 anos.

As últimas irmãs a deixar Maringá foram a Irmã Conceição José Maria que atualmente reside em Porto Alegre (RS), e a Irmã Hermínia Guilherme, que atualmente está em Pouso Alegre (MG), em tratamento de saúde. Saindo de Maringá, as Irmãs foram atuar em missões em Angola, na África.

Imagem Google: Lote 1-2-3-4, de 2.805 m² de propriedade Sociedade de Assistência Social e Educacional, instituição com sede em Porto Alegre e ligada à Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado.


No final do ano 1991, a Sociedade de Assistência Social e Educacional, proprietária do terreno e ligada à Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, resolveu subdividir o lote de 2.805 m² em quatro lotes menores. Logo em seguida, três desses lotes seriam colocados a venda

Em 29/12/1991, foi vendido o lote 1-2-3-4 (Remanescente), com 706,50 m² ao imobiliarista Cláudio Sandri, que em 24/06/1992 subdividiu o terreno em dois lotes menores. O menor, denominado lote 1-2-3-4-D, com 202,35 m², foi vendido em 14/05/1992 a Silvério Secco e Silvio Jair Secco, que revenderam a propriedade ao médico João Belczak Neto em 15/01/1996. Atualmente, há uma construção com 268,13 m², cujo projeto foi aprovado em 08/10/1996 e cujo "habite-se" foi expedido em 1998. Com o falecimento do Dr. João Belczak Neto em 01/02/2006, o imóvel foi transferido aos seus familiares.

O lote maior, denominado lote 1-2-3-4 (Remanescente), com área de 503,65 m², localizado na esquina da Avenida Curitiba com a Rua Luiz Gama, continua de propriedade de Cláudio Sandri e familiares. Neste terreno foi construído em edifício de salas comerciais e apartamentos residenciais com área total de 1.144,39 m², conforme projeto aprovado em 01/06/1993 e habite-se expedido em 1995.



Imagem Google: lote 1-2-3-4 (Remanescente), em amarelo, e o lote 1-2-3-4-D (em verde).


Imagem de 18/09/2021 das construções nos lotes 1-2-3-4-D e 1-2-3-4 (Remanescente), onde estão instaladas clínicas médicas e de odontologia.


Imagem de 18/09/2021 da fachada do Edifício Sandri, na Rua Luiz Gama, 437, onde está instalado o restaurante Kimi Sushi, na esquina com a Avenida Curitiba.

Logo em seguida, em 31/01/1992, a Sociedade de Assistência Social e Educacional vendeu o lote 1-2-3-4-A, com área de 702,50 m², aos médicos Reynaldo Rafael José Brovini, Valentim Constante Sella, Edson Valdemar Guilherme, Cesar Orlando Peralta Bandeira e Giancarlo Sanches. No terreno foi erigida uma construção com 564,37 m², conforme projeto aprovado em 13/12/1994 e “habite-se” expedido em 1996, que abriga a clínica do Instituto do Pulmão de Maringá, fundado em 10/03/1989 por aqueles médicos, que inicialmente havia sido instalada na Avenida Tiradentes até ser transferida para o terreno próprio, localizado na Rua Luiz Gama, 463, em 1996.

Imagem Google: lote 1-2-3-4-A.

Fachada da clínica do Instituto do Pulmão e Alergia, em 18/09/2021.

Também no dia 31/01/1992, a Sociedade de Assistência Social e Educacional vendeu o lote 1-2-3-4-B, com área de 702,50 m², ao médico Benedito Carlos Tel, que em 21/03/1995, vendeu a parte ideal de 471,66 m² aos médicos Miguel Spack Junior, Maria Cristina Suzuki, Dorival Moreschi Junior e Wagner Chiarella Godoy. No terreno foi construído um edifício com área de 971,32 m², conforme projeto aprovado em 24/01/1995 e “habite-se” expedido em 1997. O edifício foi denominado como Centro Médico Luiz Gama.

Imagem Google: lote 1-2-3-4-B.


Fachada Centro Médico Luiz Gama, em 18/09/2021.

A partir de então, a Sociedade de Assistência Social e Educacional manteve somente a propriedade lote 1-2-3-4-C, situado na Avenida Rio Branco, 56, esquina com a Rua Luiz Gama, com área de 694,00 m² contendo uma construção que alvenaria construída em 1971.

Imagem Google: Lote 1-2-3-4-C.

Este imóvel ficou locado desde 1982 até 10/02/2003, quando a Congregação o vendeu a Antonio Carlos Borghi, que revendeu o terreno no dia 13/02/2003 a Rubens Weffort.

Ainda em 2003, o Restaurante Don Peponi deixou o imóvel que passou a ser ocupado pela Car Wash, no período em que suas instalações no lote 5-6 passavam por amplas reformas. O Don Peponi foi transferido para Rua Luiz Gama, 772, ao lado do Colégio Adventista. Aliás, foi neste novo endereço que seu proprietário Altair Morelli Borghi foi assassinado em 14/12/2013. Em 2014, o Don Peponi foi transferido para o atual endereço, na Rua Santa Joaquina de Vedruna, 2860, na Zona 5.

Possivelmente a partir de 2011 o imóvel passou a ser ocupado pela Pepperoni Pizzas e Massas, restaurante que até hoje está instalado do local. 


Fontes: 

Sites:

Maringá Histórica - https://www.maringahistorica.com.br/publicacoes/3296/drogaria-minervaanos-
1950

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – FAU, da Universidade de São Paulo – USP - http://acervos.fau.usp.br/s/acervos/item-set/2644


Repositório.uem.br - http://repositorio.uem.br:8080/jspui/handle/1/3376file:///E:/%23%20MEUS%20DADOS/Downloads/000222723.pdf

Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional - http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/

Livros:

“A igreja que brotou da Mata”, de Orivaldo Robles

Revistas:

Os Quinze Anos da Diocese de Maringá, de 1972

Os Vinte e Cinco Anos da Diocese de Maringá, de 1982

Arquivos:

Arquivos da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná em Jussara (PR)

Depoimentos:

Irmã Otilde Rubin Piccin, via aplicativo WhatsApp

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