A partir da conceituada plataforma Maringá Histórica, a sua empresa gestora, Cidades Históricas Pesquisas e Desenvolvimento, deu início ao processo de expansão desta metodologia para outras localidades. Por meio da implantação de site para hospedar a produção diária de conteúdos históricos, os quais são distribuídos em redes sociais ao grande público, Londrina foi a primeira a receber a experiência no mês passado. 

Com dezenas de conteúdos desenvolvidos até então pelo jornalista e pesquisador Caio Cesário, ex-secretário municipal de Cultura, o Londrina Histórica pretende se transformar na principal fonte de pesquisa virtual sobre a história local. Para o documentarista e empreendedor responsável pelo Cidades Históricas, Miguel Fernando: “a receptividade de Londrina foi excelente. Em poucos dias aglutinamos milhares de londrinenses apaixonados por sua história. Com produções diárias, até o final do ano esperamos superar os 300 textos acompanhados de imagens sobre os quase 90 anos da Capital do Café”. 

O Maringá Histórica, como exemplo, já soma mais de 5 mil publicações em sua rede. É considerado, portanto, a maior plataforma gratuita, e independente, sobre a história de uma cidade em todo o país. Na “Cidade Canção”, além de Miguel Fernando, o pesquisador Hagá Galvão também assina as pesquisas que são veiculadas. 

Mas os planos não pararam pelo Norte e Noroeste do Paraná. O projeto de expansão é audacioso. A próxima cidade a receber a metodologia será a capital do estado. 

Ao completar 330 anos, ainda neste mês, Curitiba passará a contar com a mais nova plataforma de preservação e divulgação de sua história. O Curitiba Histórica está previsto para entrar no ar nas próximas semanas e contará, além de site, com Instagram e Facebook – seguindo o mesmo princípio das demais cidades já atendidas. 

Miguel Fernando, que trabalha com a pesquisa histórica há mais de 15 anos e desenvolve diferentes trabalhos com foco na memória, ressalta a relevância e o ineditismo deste modelo de negócios. “A história e a memória, a priori, tendem a ficar preteridas em museus físicos e residências. Queremos trazer à tona esses registros de forma prática, moderna e ágil, visando interagir e despertar o interesse do público mais jovem pelo passado”, enfatiza o empreendedor. 

O Curitiba Histórica terá textos assinados pelo cientista político e sociólogo Tiago Valenciano, que hoje atua na capital do Paraná. Além de curiosidades, assuntos como política, origem dos nomes de logradouros, arquitetura e personalidades emblemáticas, serão pautas recorrentes da plataforma. “É importante lembrar que, dentre outros métodos, o Cidades Históricas trabalha com o conceito de museologia social. Isso significa que valorizamos o intercâmbio, a troca de informações. Portanto, é comum calibrarmos os dados aferidos ou mesmo produzirmos pesquisas a partir de sugestões dos leitores”, finaliza Miguel Fernando. 

Mais dois municípios estão previstos para serem atendidos pelo Cidades Históricas em 2023. Nos próximos anos a expectativa é levar o projeto para os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Cada cidade conta com patrocinadores privados. São empresas que acreditam na importância da preservação histórica e, dessa forma, vinculam suas marcadas à cada uma das regiões de interesse. 

Envelopada e, assim, estruturada, a história nunca havia sido trabalhada. Trata-se de um case inédito e de sucesso com o principal ativo da humanidade: a sua história. 

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Fotos: Lírica Aragão.

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