Os doze signos na Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória - 2003

2003


Olhando esta imagem do interior da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória poucos percebem detalhes curiosos que teriam relação com signos do zodíaco.

Em matéria publicada no O Diário do Norte do Paraná, em 2003, o historiador maringaense José Celório apontou dados em comum entre a Catedral, o zodíaco, Leonardo da Vinci e as pirâmides do Egito. A notícia apontou:

“Ele parte da  equiparação entre a Catedral com a Santa Ceia de Da Vinci. Naquela obra, o mestre italiano fez questão de colocar os 12 signos do zodíaco. Como Da Vinci, Celório também é astrólogo.

O mestre estudou as obra de Ptolomeu – astrólogo e astrônomo – e havia resolvido retratar os signos na obra mais popular da história da humanidade, representados pelos 12 tipos humanos.

Assim, cada apóstolo na Santa Ceia tem expressão de um signo, desde Simão ao Bartolomeu, ou de Aries a Peixes. Judas é o Escorpião, signo considerado o ‘ovelha negra’ do zodíaco.

No quadro original, que serviu de esboço para a Santa Ceia oficial, os apóstolos são divididos em 4 grupos de 3. Jesus Cristo fica no centro, no plano de fuga, simbolizando o sol. Os quatro grupos representam os quatro elementos: a água, o fogo, a terra e o ar ou as quatro estações do ano. Afinal, o zodíaco nada mais é do que a divisão feita pela natureza durante o ano.

E a Catedral Metropolitana? Celório chama a atenção para as 12 capelas existentes no maior monumento da América Latina. Seriam os 12 apóstolos. O historiador evita dizer que poderiam representar os 12 signos para evitar polêmicas desnecessárias.

Mas vale lembrar que historicamente, assim como da Vinci, era comum as obras arquitetônicas e de arte conter representações tanto de imagens sacras como também do zodíaco ou alusões místicas.

Além das 12 capelas, a Catedral Metropolitana conta com outras quatro direcionadas para os quatro pontos cardeais. Assim como a posição das pirâmides do Egito, a entrada principal está voltada para o norte, diretamente para a imagem da Nossa Senhora da Glória, na mesma linha do Obelisco no Centro de Convivência Comunitária.

Soma-se a essas descobertas, o fato da Catedral estar alinhada com o Trópico de Capricórnio. A linha imaginária passa exatamente na região do símbolo maior de Maringá. O tamanho do monumento remete as construções de Jerusalém e Babilônia, criadas como o ‘centro do mundo’, obras originadas da vontade dos homens ao encontro de Deus. 

[...] ‘A Catedral é um símbolo religioso, com certeza, mas tem um posicionamento especial que os monumentos antigos também tinham’, argumenta Celório. 

Coincidência ou não, ainda existe outro fato interessante. A Catedral está centrada em um jardim que forma uma meia lua. Essa visão só pode ser observada em fotos aéreas, encontradas em forma de cartões postais. A lua, em astrologia, é a figura materna. O próprio Dante Alighieri em A Divina Comédia, já havia feito uma relação da lua com a Virgem Maria, aquela que receberia os mortos, remetendo à oração ‘agora e na hora de nossa morte’. E a Catedral se chama Nossa Senhora da Glória.

O fato da Catedral poder ser comparada com as pirâmides do Egito, com a Santa Ceia e outras obras da história da humanidade, colabora para perpetuar  o desejo de um povo em busca de Deus. A arquitetura, vale lembrar, é a mais perene de todas as artes. E sujeita a todas interpretações.”

Fonte: O Diário do Norte do Paraná / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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