1970
Ao encerrar a década de 1950, Maringá havia passado por duas conturbadas gestões municipais. Mesmo assim, a cidade se expandia e a economia avançava a passos largos em função de diversos segmentos produtivos, como o agrícola, comércio e serviços, indústrias e atacadistas. Era natural que com isso, e somado ao crescimento demográfico, surgisse a necessidade de edificar sedes mais adequadas aos Poderes Executivo e Legislativo - até então, as instâncias utilizavam-se de estruturas bastante precárias e limitadas: a Prefeitura funcionava em um pequeno prédio na avenida Getúlio Vargas esquina com a avenida XV de Novembro; a Câmara Municipal operava em uma casa na avenida Tiradentes, onde antes havia funcionado o Restaurante Lord Lovat.
Foi com essa demanda que a Lei nº 418, de 22 de outubro de 1965, autorizou a municipalidade a contratar os serviços de engenheiros e arquitetos para conceberem tais projetos. Dois anos depois, em 1967, o prefeito Luiz Moreira de Carvalho contratou o escritório do arquiteto José Augusto Bellucci para essa finalidade. Bellucci era conhecido por ter executado diversas obras pela cidade, como o grande Hotel Maringá, a Catedral Nossa Senhora da Glória (em obras à época), entre outros.
Segundo estudos do arquiteto Anibal Verri Jr., esse projeto dos Poderes Legislativo e Executivo estava previsto para a área destinada ao centro cívico, conforme proposto no plano urbano original da cidade de Jorge de Macedo Vieira. Ocuparia um quarteirão e seria composto pelo gabinete do prefeito, secretarias, Câmara de Vereadores, auditório e praça cívica. Ainda:
"(...) Os blocos destinados para o gabinete do prefeito e câmara de vereadores têm dois pavimentos: no térreo, a área destinada aos salões nobres; no pavimento superior, o gabinete e a tribuna, interligados por corredor e passarela. Ambos dispõe de acesso exclusivo à garagem, no subsolo; o prefeito, de ligação com a tribuna junto à praça cívica".
As obras do gabinete do prefeito tiveram início apenas na gestão seguinte, de Adriano José Valente, sendo inauguradas com o prefeito Silvio Magalhães Barros. Quanto ao Paço Municipal, as obras foram substancialmente modificadas, excluindo, por exemplo, a integração com a Câmara Municipal de Vereadores, prédio que teria novo projeto iniciado em terreno contíguo à Catedral, na atual praça Min. Antônio Oliveira Salazar. Mas as suas obras acabaram interrompidas por João Paulino, prefeito que ordenou o soterramento das fundações até então executadas, sob a justificativa de que nenhum prédio devesse ser construído próximo da Catedral.
Este projeto da Câmara Municipal, que seria construído próximo da Catedral, havia sido confeccionado pelo engenheiro civil Luty Vicente Kasprowicz.
Tendo funcionado em imóveis alugados até o início da década de 1990, a sede própria do legislativo maringaense foi inaugurada em 12 de janeiro de 1994, na avenida Papa João XXIII esquina com a avenida Cerro Azul.
Fontes: Tese de doutorado de Fabíola Cordovil / Acervo Maringá Histórica.
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