Ao longo da segunda metade dos anos 1990, o Tropical Waterpark Internacional foi um dos maiores atrativos de lazer da cidade. Fundado pela família Pozza em 1996, o parque aquático foi estruturado a partir do projeto de Hélio Moreira Júnior, na várzea de um córrego na Vila Emília, em terreno cortado pelo Trópico de Capricórnio. 

Considerado na época um dos mais modernos equipamentos turísticos de toda a região, o Waterpark nasceu para atender as classes mais altas de Maringá. Entre seus diferenciais estavam a piscina de ondas, piscinas tropicais, tobogãs, playground, piscina coberta, hidromassagem e, dentre outros, havia uma lanchonete que despertava bastante a atenção. 

Chamada Ilha do Tesouro, a sua estrutura assemelhava-se a um barco. Comercializando caldo de cana, milho cozido, bebidas, churros, pipoca, doces e outras guloseimas, a lanchonete ficava próxima à prainha da piscina de ondas. 

Aquele estabelecimento foi empreendido por uma família taiwanesa, os Wu, que mal falavam português. Vindos da Ásia para o Brasil em 1998, logo no início de 1999 se mudaram para Maringá a fim de construir o barco no Waterpark. A cidade foi escolhida após analisarem índices de qualidade de vida, segurança e ouvirem informações a respeito. Finalizada as obras, o Ilha do Tesouro foi pintado pela filha do casal, Meng Wu. 

Os Wu imigraram para o novo país com 7 mil dólares nos bolsos. Na época, um dólar era cotado a quase dois reais. Com os recursos, inicialmente compraram uma Belina ano 1980, uma linha telefônica - que era caríssima, uma barraca de feira e uma barraca de churros que ficava na avenida Brasil. Foi posteriormente que empreenderiam a lanchonete no parque aquático. 

A família prosperou. Dos três filhos do casal Sr. Fu e dona Gabriela, como ficou conhecida, uma se tornou tradutora e empresária, um formou-se como engenheiro mecânico e o outro ingressou no ramo do vestuário. 

Quanto ao Waterpark, com a baixa procura na aquisição por seus títulos, os proprietários fizeram um alinhamento de mercado, passando a cobrar somente pela entrada. Sem sócios para manter a estrutura, acabou desativado por volta de 2010. 

Fontes: acervo e contribuições de Meng Wu / Acervo Maringá Histórica. 

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