A imagem mostra João Paulino Vieira Filho, possivelmente, em seu gabinete quando ocupou o cargo de prefeito de Maringá pela segunda vez (Gestão 1977-1982). 

Muitos dos que trabalharam com o promotor público destacam o seu jeito objetivo e carrancudo de liderar a sua equipe. Era uma pessoa, segundos alguns, que transmitia respeito quando conversava devido a sua grave e potente voz. 

Segundo a Fundação Getúlio Vargas, João Paulino Vieira Filho nasceu em Antonina, no litoral do Paraná, no dia 22 de setembro de 1921. Seus pais foram João Paulino Vieira e Alípia Maristany Vieira.

Estudou no Ginásio Paranaense e no Colégio Estadual do Paraná. Bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná em 1946. Como universitário, foi presidente do Centro Acadêmico H. Simão.

Pecuarista e advogado, foi vereador à Câmara Municipal de sua cidade. Depois, transferiu-se para o Noroeste do Paraná, onde ocupou a função de promotor público em Mandaguari no ano de 1949, e, em Maringá, a partir de 1954, quando foi instalada a Comarca.

Personalidade de prestígio, elegeu-se prefeito de Maringá no final de 1962. No pleito de novembro de 1966, conquistou uma vaga como deputado federal pelo Paraná na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação a Ditadura Militar instaurada no país em abril de 1964. Exerceu o mandato de fevereiro de 1967 a janeiro de 1971. Voltou ao comando do Município de Maringá no final de 1976.

Com o fim do bipartidarismo (29/11/1979) e a consequente reformulação partidária, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS). Nas eleições de novembro de 1982 candidatou-se nessa legenda a vice-governador, na chapa encabeçada por Saul Raiz, mas não foi eleito. Foi quando Sincler Sambatti, seu vice-prefeito, assumiu o comando em Maringá. 

Depois disso, João Paulino abandonou as atividades políticas para se dedicar exclusivamente à agropecuária na região de Paranacity. Faleceu em Maringá no dia 20 de novembro de 2001. Foi casado com Branca Jesus Camargo, com quem teve três filhos.

Fontes: Fundação Getúlio Vargas / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica. 

Outras publicações:

O sindicalista José Lopes dos Santos - Década de 1960

Parabéns em poesias, Maringá!