Bento Munhoz da Rocha Neto foi uma figura ilustre na política nacional e um dos principais governadores do Paraná. Ainda, foi sem dúvidas, importantíssimo para Maringá, pois foi ele quem assinou a lei de emancipação política, que elevou Maringá à condição de município junto de outros então distritos do Estado.

Bento teve 22 irmãos, dos cinco casamentos de seu pai, Caetano Munhoz, que foi presidente de Estado, nome que se dava ao cargo que hoje conhecemos como governador.

Intelectual respeitadíssimo, fez parte do Grupo Bandeirantes antes de entrar para a vida pública. Era um orador brilhante, o que lhe rendeu o apelido de Uirapuru, em referência ao pássaro amazônico que estranhamente provoca o silêncio das outras aves quando canta. 

Bento Munhoz foi ex-ministro da Agricultura, ex-governador do Paraná e ex-deputado estadual. Foi o idealizador da Copel, do Palácio Iguaçu e do Centro Cívico de Curitiba. É um dos 100 personagens mais importantes do estado, segundo pesquisa popular do jornal Gazeta do Povo. 

Se dizia de direita e conservador, mas defendeu os mandatos de Carlos Prestes e de Carlos Marighella quando perseguidos pela ditadura, afirmando que era necessário as vozes da direita e da esquerda para o sucesso o debate político. 

Bento faleceu em 1973, e dois anos depois, a sua esposa, Flora Munhoz, vendeu ao município de Maringá o mobiliário do escritório de seu marido:  dois sofás, um retrato em pastel, duas estantes, mesa, escrivaninha e cadeira. 

A foto mostra o mobiliário na Biblioteca Municipal que leva o nome do ex-governador. Após restauro realizado em 2019, o mobiliário ganhou nova expografia sob a ótica do curador Hagá Galvão no Museu Hélenton Borba Cortes, localizado no  Teatro Calil Haddad, onde pode ser visitado pelo público. 

Fontes: Acervo Maringá Histórica / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá /Foto atual: Davi Garbugio.

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