Os Carnavais da década de 1970

1970


A foto é de um chaveiro referente ao Carnaval de 1975, época em que as festas de Momo eram muito comemoradas em Maringá. O evento era então promovido pela Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo. 

De acordo com o livro “História Artística e Cultural de Maringá: 1936 a 1990”, de autoria do historiador João Laércio Lopes Leal, 2016, a década de 1970 é considerada como o período em que o carnaval de rua, em Maringá, conheceu um de seus melhores momentos. A comemoração dos 25 anos da cidade, em 1972, fez com que o Município investisse significativos recursos para a promoção da citada festa. O evento foi incrementado com carros alegóricos, escolas de samba, ornamentação das vias urbanas com motivos carnavalescos. João Laércio escreveu:

“Em 1974, foi criada a Escola de Samba ‘Imperadores do Samba’, formada quase que, exclusivamente, por elementos do Maringá Velho. Ela iniciou, modestamente, como ‘Charanga’ do Grêmio de Esportes Maringá, em suas apresentações do Norte do Paraná. Grande parte dos elementos humanos fizeram parte da ‘Unidos da Vila Operária’, particularmente seus fundadores, que se indispuseram com a diretoria da escola da Vila e resolveram formar novo grupo.

Participantes da ‘Unidos da Vila Operária’, durante o Campeonato Estadual de Futebol de 1975, apanhavam seus instrumentos e iam a Marialva-PR ou a outros estádios do Norte, incentivar o Grêmio em suas apresentações. O público se aproximou e, quando a diretoria proibiu a saída dos instrumentos, não faltou quem colaborasse para a aquisição de meia dúzia de instrumentos novos, a fim de que o grupo mantivesse o batuque pelos estádios.

Com a onda de euforia que tomou conta dos torcedores, em vista do anúncio, pela diretoria do Grêmio, de um super time para disputar o título estadual, também ‘Charanga’ do Grêmio ganhou novos incentivos, alguns vultosos, suficientes para formar um princípio de escola; e logo veio a ideia, liderada por Athos Bordin (um dos dissidentes da ‘Unidos da Vila Operária’), de transformar o grupo em escola de samba e participar do carnaval de 1976.

Além do carnaval de 1972, feito com muito esmero pela administração municipal, por conta dos 25 anos do município, é preciso registrar o carnaval popular de 1974. Organizado pela Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo, na pessoa da secretária Nadyr Maria Alegretti, a festa popular começou com a coroação de Sebastião Marques de Oliveira Filho, conhecido como ‘Tião Carabina’, na condição Rei Momo. Na oportunidade, no Ginásio de Esportes do Maringá Clube, o prefeito Silvio Magalhães Barros concedeu-lhe a chave simbólica da cidade. 

Os festejos momescos de 1974 contaram com o desfile de escolas de samba, tendo participado a ‘Unidos da Vila Operária’, o ‘Sindicato do Samba’, de Paranaguá e a ‘Nem Sangue Nem Areia’, de Apucarana. As vias foram públicas amplamente decoradas e houve celebrações carnavalescas nos clubes sociais ACEMA, Centro Português, Maringá Clube, Country Clube e Clube Olímpico.

Em 1978 foi fundada a Escola de Samba ‘Asa Negra’. Originária do Jardim Alvora, ela logo se integrou ao carnaval local e passou a desfilar pelas ruas da cidade”. 

Fontes: Livro - História Artística e Cultural de Maringá: 1936 a 1990, de João Laércio Lopes Leal / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo do fotógrafo Henri Jr. / Acervo Maringá Histórica.

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