Um sino, uma teoria e muitas alegrias - 2010

2010


Na foto, os jornalistas Marcelo Bulgarelli e Maria Danielle Mendes durante um intervalo na RPC (TV Cultura), em dezembro de 2010. Eles fingem tocar o sino que durante uma década permaneceu no corredor externo da emissora, na Zona 5. Atualmente, o sino está instalado na sala do departamento comercial.

Pelos corredores, poucos sabem da origem daquele pesado instrumento. Muitas teorias foram criadas. A mais defendida era de que o sino teria pertencido ao Instituto Filadelfia, um colégio que funcionava naquele terreno.

Durante muitos anos, a administração, o jornalismo, o comercial e a engenharia ocuparam o prédio azulado. E o sino ficou por lá, no corredor perto do jardim.  Agora, bem protegido numa das salas, ele é sempre tocado quando os funcionários do departamento comercial atingem alguma meta.

O “mistério” foi quebrado por Ribamar Alves Rodrigues, gerente geral da emissora entre janeiro de 2005 a maio de 2017. “Há sinos em todas as praças da RPC, mas o maior é o nosso”, afirmou ele,  em conversa com o Maringá Histórica. 

“Foi comprado em 2005 para comemorarmos os resultados. Foi pedido ao diretor da época que tivéssemos o maior sino da RPC. Combinamos que se atingíssemos um determinado resultado, ele autorizaria a compra como quiséssemos. E foi o que aconteceu.”

A premissa era que o som do sino fosse ouvido em toda emissora e arredores.  Deu certo. 

Na parede do corredor, ainda há um texto de Fernando Rodrigues, ex-chefe de redação da RPC. 

“O Sino

Quando o sino toca; parece que a ar fica mais leve, a gente sabe que vai encontrar uma rapaziada de sorriso no rosto nos corredores das emissoras.

Geralmente quando o sino toca, e junto vem aplausos, alguns gritos, alívio.  É o sinal de que mais uma meta foi cumprida, um desafio foi vencido. E em dias difíceis, de confusões politicas contaminando a economia, o trabalho da turma do Comercial merece mesmo comemoração.

Todas as funções são importantes, cada uma a seu tempo. Mas, no final das contas, o que canta são as contas conquistadas, mantidas, recuperadas.

A volta de um bom anunciante é semelhante ao retorno de uma pessoa querida que a gente não vê há anos. E essa a impressão que se tem conversando com os executivos responsáveis pela grana que entra no caixa da empresa.

Por isso mesmo, o simbolismo do sino é perfeito. Porque o barulho inunda todos os departamentos, chega aos ouvidos de funcionários em todos os setores da RPC. Como se a turma do comercial estivesse anunciando a própria felicidade e, junto, espalhando a boa nova a todos que vivem dos salários pagos com o que é faturado.

Esse sino não é de igreja, mas dá pra dizer que às vezes ele toca anunciando um milagre.

Fernando Rodrigues” 

Fonte: Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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