Durante décadas, o vale-transporte unitário impresso foi uma moeda utilizada pelo Transporte Coletivo Cidade-Canção (TCCC) em Maringá e região, este último, no caso de integrações metropolitanas. O item ficou popularmente conhecido como "passe". 

A partir de 1997, integrou-se ao serviço o vale-transporte estudantil, cuja finalidade era oferecer a circulação gratuita para estudantes de todo o município, por meio de financiamento público. Inicialmente, aquele benefício era oferecido por meio de cartelas que continuam passes com as datas liberadas para o uso. Eram dois ao dia, um para ir e outro para o estudante retornar à sua residência. Além do nome do usuário, ainda continua o turno liberado para o transporte, bem como a turma e a escola em que estava matriculado. 

Aquele sistema exigia que cada ônibus, além do motorista, tivesse outro funcionário. O cobrador ficava responsável por conferir cada passe, mediante a apresentação de um carteirinha com foto e nome do usuário. Ao liberar a catraca, o cobrador ia colando, geralmente em jornais, cada passe em sequência, a fim de viabilizar o balanço que seria realizado ao final de cada dia. Logo, esta profissão exigia organização e o transporte de materiais de apoio que auxiliariam no dia de trabalho. O cobrador ainda tinha um lugar reservado em frente à catraca, com uma gaveta onde mantinha seus apetrechos e, claro, troco para aqueles que precisassem pagar o transporte à vista. 

Com o desenvolvimento tecnológico, o "passe do estudante" foi substituído por cartões magnéticos que já eram carregados automaticamente com os créditos necessários. O serviço do vale-transporte também evoluiu, ao ponto de, atualmente, não haver mais a figura do cobrador pelos ônibus que circulam pela cidade e região. 

Fontes: acervo de Wilson Demori / Acervo Maringá Histórica. 

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