Utilizado num carro alegórico de um desfile cívico na década de 1950, o estandarte no carro traz uma imagem que deixou de ser utilizada depois de 1964. O brasão  tem dois ramos de café em volta de um círculo preenchido com uma araucária, árvore típica do Paraná, com o nome do município e abaixo, uma engrenagem, possivelmente em referência à presença do Rotary Club na cidade. As datas magnas, de fundação (1947) e emancipação (1952), aparecem num pergaminho acima do círculo. Essa foi tirada no desfile do 5º aniversário de Maringá em 1952. 

Mas quem conhece a bandeira e o brasão de armas do município de Maringá deve estranhar os símbolos que aparecem na imagem em destaque. O que acontece é que os símbolos que conhecemos hoje só passaram a existir em 1964, quando a Prefeitura lançou um concurso para eleger o brasão e a bandeira como símbolos oficiais do município. O vencedor foi Reynaldo Costa, que trabalhava como desenhista gráfico e artista plástico.

O símbolo se tornou oficial por meio da Lei Nº 332/64, que reza: ”Os símbolos do brasão de Maringá assim se explicam: Escudo português franco-cantão. No cantão direito do chefe, uma estrela em ouro significando a CMNP - Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, fundadora do Município. No coração (centro), a lira estilizada (três cordas), em ouro, simbolizando o nome inspirado em uma canção. - No extremo, o machado em prata, representando o instrumento usado pelos pioneiros na derrubada das matas, para a instalação da cidade. O Cruzeiro do Sul, em prata, lembra a Fé cristã e o espírito de brasilidade. Todas as peças em campo goles (vermelho), símbolo de intrepidez. Na base um listel de prata ostentando os seguintes dizeres de sable (negro): ’1947, Maringá - 1952’. Como suportes a dextra (direita) e à sinistra (esquerda), respectivamente uma haste de café e uma de trigo. Tudo na sua cor. Encimando o conjunto, com peça máxima, a corda mural de cinco torres, de prata, que é a cidade.”

A Lei nº 4379/97 outorgou o título de Cidadão Benemérito de Maringá à Reynaldo. Nascido em São Sebastião do Paraíso (MG), em 1951, Costa morreu em junho de 2018.

Fontes: Acervo Maringá Histórica / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá/ LEI Nº 332/64.  

Outras publicações:

Inauguração do Parque do Ingá - 1971

Lançamento do documentário "SE MEU CARRO FALASSE" - 2/12