De fato, a Companhia de Terras Norte do Paraná, que em 1951 passou a se chamar Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, inicialmente comercializou somente pequenos lotes em Maringá. Mas isso se refere apenas ao eixo urbano, nos limites do projeto concebido pelo urbanista Jorge de Macedo Vieira. 

Esse traçado não abarcava regiões ao norte, após a atual avenida Colombo, nem mesmo se estendia para além da antiga Zona Industrial da cidade, conhecida como Zona 10. Para além desse perímetro urbano, Maringá era rodeada por médias e grandes propriedades, instaladas em sua então Zona Rural. E nessa região muitas fazendas de grande porte foram empreendidas por personagens que hoje emprestam seus nomes para importantes avenidas e espaços públicos. 

Historiadores enumeram propriedades abertas a partir do final da década de 1930 e durante os anos 1940. Entre elas, a lendária Fazenda São Bonifácio, do padre Emílio Scherer; a Fazenda Santa Lina, de Alexandre Razgulaeff, que originou o Jardim Alvorada; a Fazenda Diamante, de Silvino Fernandes Dias, sobre a qual hoje se assenta parte da região norte da cidade; a Fazenda Kaetê, do italiano Amedeu Boggio Merlo, uma relíquia preservada; a Fazenda Santo Antônio, de Henrique Hollmann; a Fazenda Montenegro, onde atualmente é o Vale Azul; a Fazenda de Carlos Corrêa Borges, que abriga uma pedreira; a Fazenda de José de Freitas Cayres Filho, onde hoje é a Vila Esperança; a Fazenda Maringá, de Alfredo Werner Nyffeler. 

O registro mostra a Fazenda Maringá, de propriedade do suíço Alfredo Werner Nyffeler, então gerente da Companhia, localizada no parque homônimo, que antes da construção era conhecido como “O buracão da Morangueira”. Era uma propriedade gigantesca.

Fonte: Acervo Maringá Histórica / Revista A Pioneira – maio e junho de 1953.

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