Na foto, podemos ver Ludmila Froes, então assessora de filiadas do Sistema Globo de Rádio, ao lado da jornalista Elci Nakamura. Elas estão no estúdio da CBN Maringá, em setembro de 1998. A estreia da emissora ocorreu no mês seguinte.

Em 14 de outubro daquele ano, Maringá passou a estar interligada com a Central Brasileira de Notícias. O estúdio da CBN funcionava no Edifício Europa, na rua Carneiro Leão, no centro.  Na época, era uma novidade:  uma rádio com programação inteiramente voltada para o jornalismo, 24 horas no ar.

Conhecida em todo o Brasil como "a rádio que toca notícia", a CBN introduziu em Maringá um estilo de radiojornalismo com a mesma credibilidade conquistada pela CBN Curitiba, líder de audiência na capital.

A CBN Maringá só foi possível devido a iniciativa de José Francisco Cunha Pereira, empresário da comunicação (Gazeta do Povo) e ouvinte assíduo da CBN. Antes de se radicar em Maringá, foi proprietário da Radio Sociedade Rural FM, em Astorga.

Depois da experiência acumulada na cidade vizinha, Pereira comprou uma rádio FM em Maringá (95,5 FM) para enfim, implantar a CBN na região. Na época, a emissora era concessionada em Paiçandu, porém sediada em Maringá.

A assessora de filiadas, Ludmila Froes, foi a responsável em auxiliar na implantação da emissora para obedecer aos preceitos de qualidade ditados pelo Sistema Globo de Rádio.

Em Maringá, desde a implantação, a coordenadora de jornalismo é Elci Nakamura. A primeira âncora local foi Ana Paula Machado. As primeiras produtoras foram Valdete da Graça e Simone Labigalini. Os repórteres eram Vanda Ferreira, Marluci Gomes e Marcelo Bulgarelli.  O radialista Oswaldo Sigles foi o primeiro estagiário.

Maringá contava com um programa local com três horas de duração, das nove ao meio dia. A equipe de jornalistas participou de um treinamento em Curitiba e vivenciou o dia a dia da emissora da capital. Em 2002, a rádio foi adquirida pelo Grupo Maringá de Comunicação. 

A primeira emissora da CBN surgiu em 1991 no Rio de Janeiro, por meio de duas frequências em AM. Pouco depois surgiria a CBN São Paulo.  

Entre os seus apresentadores e âncoras em âmbito nacional, se destacavam Miriam Leitão, Francisco Martins, Gilberto Dimestein, Hermano Henning, Heródoto Barbeiro, Marco Aurélio e Celso Freitas, que era "a voz da CBN”.

O lema da CBN estava no próprio manual de redação que impõe a ética acima da notícia. “Perde-se um furo de reportagem, mas não a credibilidade".

Fontes:  O Diário do Norte do Paraná / Foto de Aldemir de Moraes / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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