Núcleo Social Papa João XXIII - 1972

1972

Especialmente ao longo da década de 1960 e início dos anos 1970, Maringá enfrentou diversos problemas sociais que resultaram na disseminação de pequenas e médias favelas em diversos cantos da cidade. 

Uma das figuras que tem destaque na busca de uma resolução para esse desafio urbano é o então bispo diocesano de Maringá, Dom Jaime Luiz Coelho. Em 1964, durante o Concílio Ecumênico da Igreja Católica, Dom Jaime, juntamente do vigário de Floresta, o padre Antonio Martinelli, conseguiu sensibilizar autoridades e personalidades da cidade da Bréscia, na Itália, quanto os problemas sociais que Maringá enfrentava. 

Como consequência foi fundado naquela mesma cidade o Secretariado Freternitá, sob a presidência de Giuseppe Inselvini, o qual passou a desenvolver trabalhos em benefício de Maringá por meio de obras assistenciais. Vale destacar que a partir dessa aproximação entre Maringá e Bréscia, elas se tornaram cidades-irmãs a partir de 1970.

Um dos resultados efetivos dessa parceria foi a construção do Núcleo Papa João XXIII. Com recursos enviados da Bréscia, a obra social foi executada por meio da Mitra Diocesana, próximo da Vila Vardelina. 

Outra ação do Secretariado Fraternitá foi o auxílio na construção da Creche Menino Jesus, na Vila Operária, a construção da residência das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, além de apoio ao Albergue, Obra do Berço e Lar dos Velhinhos, entre outros. 

O Núcleo Papa João XXIII se constituiu na principal ajuda da Bréscia para Maringá, a qual previu a construção de 50 residências de madeira em um terreno doado pela Prefeitura. Em setembro de 1972, dez delas estavam prontas, sendo todas com água tratada e luz.



Construção de alvenaria do Salão Social e mulheres confeccionando, colaborativamente, acolchoados que seriam usados pelas famílias nas residências do núcleo

Tratou-se de um projeto, segundo Dom Jaime, para promover o "desfavelamento" de Maringá, de forma gradativa. No ano seguinte, com a demolição da Catedral original, sua madeira foi usada para a construção de novas casas no núcleo. 

Fonte: Folha do Norte do Paraná - 17 de setembro de 1972 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica

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