1974
Autor do Monumento ao Desbravador, conhecido como “Peladão”, Joaquim Henrique de Aragão, o Henrique Aragão, esteve em Maringá para conversar com alunos sobre sua obra em outubro de 1974.
Havia certa polêmica em torno da popularização da escultura que ganhou esse apelido. Aragão, em sua irreverência, afirmou que aquilo foi “(...) a melhor coisa que já aconteceu em minha vida de artista, apesar das piadas e de algumas más interpretações populares”. Na ocasião, ele explicou que a folha de parreira sobre as partes íntimas da estátua não constava em seu projeto original. Para ele, “o Peladão é a glória”.
Instalada na praça 7 de Setembro, a estátua — juntamente com a urbanização do logradouro — foi inaugurada em 27 de janeiro de 1973. A solenidade estava prevista para setembro do ano anterior, mas houve atrasos nas obras. A ação integrou um amplo projeto de revitalização das praças de Maringá, concluído ao final da gestão do prefeito Adriano José Valente.
A obra venceu um concurso público promovido pela Prefeitura, que buscava um elemento artístico capaz de representar os pioneiros e pioneiras que chegaram à região nas décadas de formação da cidade. Pouco tempo depois, a escultura passou a ser popularmente chamada de “Peladão”.
O artista Joaquim Henrique de Aragão nasceu em Campina Grande (PB) em 1º de agosto de 1931, e faleceu em Ibiporã (PR) em 25 de agosto de 2015. Formou-se em artes na Itália e na França e, a partir de 1963, dedicou-se à arte sacra. Em 1965, veio ao Paraná a convite de Dom Romeu Alberti para pintar a abside da Catedral Nossa Senhora de Lourdes, em Apucarana, e no mesmo ano iniciou obras na Capela São Sebastião e na Igreja Matriz de Ibiporã. Em 1966, fundou a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, onde manteve seu ateliê por quase cinco décadas. Em Maringá, além do Monumento ao Desbravador, Aragão entalhou a porta principal da Igreja São José Operário.
Fontes: Secretaria de Cultura e Turismo de Ibiporã / O Diário do Norte do Paraná, 13 de outubro de 1974 / Acervo Maringá Histórica.
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