Com texto de Marco Antonio Deprá.
Quando caminhamos por certos lugares em nossa cidade, vez em quando somos transportados para momentos passados, revivendo eventos, sentimentos e memórias que ajudaram a moldar nossa história e nossa cultura.
Além disso, esses espaços têm um poder educativo, pois são ferramentas valiosas para a educação das gerações futuras, proporcionando uma compreensão mais profunda da nossa história, muito mais do que qualquer livro didático poderia oferecer.
Ao vivenciar esses lugares, sentir sua atmosfera e conectar-se emocionalmente com eles, os visitantes têm uma experiência de aprendizado mais rica e envolvente.
Em Maringá, um desses lugares é o Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, palco de eventos marcantes e inesquecíveis de nossa cidade. Vamos conhecer um pouco deste espaço, que marca a memória e o coração de tantos maringaenses?
Desde os primórdios da colonização da região, que se deu a partir de 1938, a cafeicultura foi fundamental para o desenvolvimento econômico de Maringá. A partir do início da década de 1950, devido às sucessivas crises do setor, somadas às severas geadas que reduziam drasticamente as produções, teve início o processo de diversificação agropecuária.
A Associação Rural de Maringá teve importante papel neste contexto. Fundada em 07/09/1952, a entidade teve como presidentes importantes lideranças, tais como Haroldo Ávilla Rocha, Nérico da Silva, Carlos Eduardo Bueno Netto, Renato Celidônio e Antônio Almir dos Santos.
Em 25/05/1967, a entidade foi transformada de Associação em Sindicato Rural de Maringá. A partir daí assumiram como presidentes Lauro Fernandes Moreira, Vilmar Xavier Pereira, Annibal Bianchini da Rocha, Ágide Meneguette e José Antônio Borghi.
Desde a segunda metade da década de 1960, o Sindicato Rural de Maringá e as lideranças agropecuaristas da cidade e região cobravam do Poder Público Municipal a criação de um parque de exposições, a exemplo dos que já existiam em Londrina e Curitiba, principais cidades do Estado do Paraná.
Desde 16/02/1964, a cidade de Londrina (PR) já contava com o Parque Governador Ney Braga, com área de um pouco mais de 17 alqueires paulistas, criado pela Associação Rural de Londrina, entidade fundada em 1946 e atualmente denominada Sociedade Rural do Paraná.
Curitiba também já tinha o Parque de Produção Animal Presidente Castelo Branco, aberto ao público em 26/03/1965, juntamente com a 1ª Exposição Feira de Animais e Produtos Derivados.
Em 1969, desafiado e estimulado pelas lideranças agropecuaristas e pelo Sindicato Rural de Maringá, o prefeito Adriano José Valente procurou criar um espaço para a realização de exposições de animais, plantas e produtos da indústria rural e promover certames de caráter educativo, com o objetivo de divulgar conhecimentos técnicos em torno das atividades agropecuárias, de estimular o desenvolvimento do setor e congregar os proprietários rurais.
Tal espaço foi criado pela Lei Municipal nº 723, de 28/11/1969, denominado como “Parque Pioneiros”, por iniciativa do prefeito Adriano José Valente, que então procurou a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná – CMNP, empresa colonizadora da região, a fim de adquirir uma área para a instalação do recinto.
Segundo o prefeito, o Parque Pioneiros seria um centro permanente de comercialização e promoção da agropecuária e da indústria. Funcionaria permanentemente como central de serviços para pecuaristas e agricultores da região, com Posto Veterinário, escritório de informações, agências bancárias e auditório para cursos, palestras e congressos.
Sempre preocupada em desenvolver a região, a CMNP entendeu os anseios da municipalidade e prontamente atendeu ao pedido do prefeito. Para tanto, escolheu uma área situada na esquina das atuais avenidas Colombo e Guaiapó, na entrada da cidade, cujos lotes originais haviam sido vendidos pela Companhia de Terras Norte do Paraná, precursora da CMNP, no início da década de 1940, e que seriam recomprados pela empresa para posteriormente serem doados ao Município.
A área a ser doada foi constituída, historicamente, da seguinte forma:

Em azul, a área do lote rural nº 92-C, de 23,5 alqueires paulistas, adquirido da Companhia de Terras Norte do Paraná – CTNP por Ananias José de Aguiar e Lázaro Anunciado, em 24/06/1940.

Em amarelo, a área da Fazenda dos Mineiros, formada pelos lotes rurais nº 1 (5,8 alqueires), nº 94 (10 alqueires) e nº 93 (50 alqueires). No total, a fazenda tinha 65,8 alqueires paulistas, adquiridos da Companhia de Terras Norte do Paraná – CTNP pelo lavrador José Longuinho, residente em Nova Rezende (MG), em 04/12/1942.

Em verde, a área da Fazenda Maringá, formada pelos lotes rurais nº 2-A (7,1 alqueires) e nº 2 (30 alqueires). No total, a fazenda tinha 37,1 alqueires paulistas. Os lotes foram adquiridos, em 24/05/1943, pelo suíço Alfredo Werner Nyffeler, diretamente da Companhia de Terras Norte do Paraná – CTNP. À época, Nyfeller residia em Cambará (PR).

No mesmo dia 24/05/1943, Alfredo Werner Nyffeler adquiriu também os lotes nº 1, 93 e 94, comprados de José Longuinho, e que formavam a Fazenda dos Mineiros. Desta forma, a Fazenda Maringá (em verde) passou de 37,1 alqueires paulistas para 102,9 alqueires paulistas.

Em 25/03/1947, Ananias José de Aguiar e Lázaro Anunciado venderam o lote 92-C, de 23,5 alqueires, a Alfredo Werner Nyffeler, então morador de Londrina. Com isto, a Fazenda Maringá chegou à sua área máxima, de 126,4 alqueires paulistas.
Alfredo Werner Nyffeler mudou-se para Maringá em 10/05/1947, quando assumiu o cargo de Gerente da Companhia de Terras Norte do Paraná - CTNP, na cidade-canção. A partir de então, poderia administrar mais de perto sua Fazenda Maringá.

Após estabelecido o traçado da futura Rodovia do Café (na atual Avenida Colombo), Alfredo Werner Nyffeler dividiu o Lote nº 93 de sua Fazenda Maringá (em verde), apartando a área situada ao sul da futura rodovia e dividindo-a em 13 pequenos lotes. Nos lotes 1, 2, 3, 5 e 8 viria a ser implantado o bairro Vila Nova (em amarelo), uma iniciativa do empreendedor Francisco Dias Aro e cujo alvará de implantação foi expedido pela prefeitura de Mandaguari, em 11/03/1948. Após a subdivisão, a Fazenda Maringá passou a ter 121,903 alqueires paulistas.

No início da década de 1960, Alfredo Werner Nyffeler decidiu lotear grande parte de sua Fazenda Maringá, que à época era coberta por cafezais. Em 05/12/1961, a prefeitura de Maringá emitiu o alvará autorizando a implantação da Vila Morangueira (em azul), empreendida pelo próprio Nyffeler.

Alfredo Werner Nyffeler preservou a área remanescente de sua Fazenda Maringá (em rosa), situada ao lado da Vila Morangueira (em azul), na esquina das atuais avenidas Colombo e Guaiapó, visto tratar-se de um importante entroncamento na entrada da cidade que, certamente, seria alvo de interesse do poder público ou de empreendedores privados.

Fragmento do Mapa de Zoneamento de Maringá, proposto pelo Plano Diretor de Desenvolvimento, de 1967, mostra que na área da antiga Fazenda Maringá, preservada por Alfredo Werner Nyffeler, estava prevista a implantação de um hipódromo e de um Centro Ruralista.
Em 25/09/1970, através de escritura pública, Alfredo Werner Nyffeler vendeu esta área para a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná – CMNP. Formada pelo lote nº 93/14, com área de 203.407 m², e pelo lote nº 92/C-1, com área de 75.773 m², a área total somava 279.180 m².
Em 12/03/1971, a CMNP doou ao Município esta área, em sua totalidade. Como era o costume da empresa, no contrato de doação havia uma cláusula de reversão: caso o imóvel deixasse de cumprir sua finalidade, voltaria a ser propriedade da Companhia.
A partir de então, o Município de Maringá, com recursos públicos, iniciou a terraplanagem do terreno, de pouco mais de 11 alqueires paulistas, e a construção de diversas instalações, dentre as quais pavilhões para animais, currais, baias, pista de julgamento, uma arena descoberta e edifícios administrativos, de acordo com o projeto desenvolvido pelo Escritório Técnico de Planejamento – ETEPLAN.
Croqui do projeto do Parque Pioneiros, desenvolvido pelo ETEPLAN, órgão central de planejamento do Município, criado em 26/10/1968, através da Lei Municipal nº 622, durante a gestão do prefeito Luiz Moreira de Carvalho.
Antes mesmo de ser inaugurado, o Parque Pioneiros teve sua denominação alterada duas vezes:
Em 01/07/1971, através da Lei Municipal nº 850, que alterou a denominação de “Parque Pioneiros” para “Parque Governador Haroldo Leon Peres”, em homenagem ao advogado carioca, pioneiro de Maringá, eleito sucessivamente deputado estadual, por duas vezes, e deputado federal. Durante o Regime Militar, foi indicado como governador “biônico” do Paraná. Leon Peres tomou posse no cargo em 15/03/1971, mas acabou renunciando ao cargo em 23/11/1971, em meio a diversas denúncias de corrupção e pressões partidárias;
Em 23/03/1972, através da Lei Municipal nº 904, que alterou a denominação para Parque Presidente Emílio Garrastazu Médici, em homenagem ao militar gaúcho que presidiu o Brasil de 30/10/1969 a 15/03/1974, durante o Regime de Exceção.
Haroldo Leon Peres.
Emílio Garrastazu Médici.
O primeiro evento a acontecer no parque foi a 1ª Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Maringá – Expofemar, realizada entre os dias 16 e 28/05/1972, como parte dos festejos de aniversário de 25 anos de fundação da cidade de Maringá.
Capa do Catálogo Oficial da 1ª Expofemar. Acervo de J. C. Cecílio.
Entre pavilhões e demais estruturas construídas pela Prefeitura de Maringá, com recursos públicos, havia uma arena descoberta para a realização de rodeios e shows. O espaço com picadeiro e arquibancadas, em concreto, era também ocupado por diversos outros eventos, que reuniram milhares de pessoas. Durante os 13 dias da Feira, cerca de 550 mil pessoas visitaram o parque. O evento foi um grande sucesso.
A 2ª Expofemar estava prevista para ocorrer entre os dias 20 e 27/05/1973, como parte do programa dos festejos do 26º aniversário de Maringá. Porém, devido a um surto de febre aftosa no rebanho bovino paranaense, o evento foi transferido para o final daquele ano, entre os dias 17 e 25/11/1973, durante a gestão do prefeito Silvio Magalhães Barros.
Plástico com o cartaz da 2ª Expofemar, evento que deveria ter ocorrido entre os dias 20 e 27/05/1973, mas que acabou sendo transferido para novembro daquele ano. Acervo de J. C. Cecílio.
Nessa 2ª edição da Expofemar, o Parque de Exposições Presidente Emílio Garrastazu Médici já havia recebido diversas melhorias em suas instalações, construídas, com recursos públicos, durante a gestão do prefeito Silvio Magalhães Barros. Contava, então, com um pavilhão recém-construído, hoje conhecido como Pavilhão Branco, onde foram alojadas 14 agências bancárias, posto médico, a central policial e uma exposição de orquídeas. Também contava com outro edifício, denominado, à época, como Núcleo de Atendimentos Técnicos Integrados – NATI, onde funcionavam toda a parte administrativa da feira e os órgãos agropecuários estaduais e federais. Atualmente, neste edifício estão instalados o Laboratório Rural de Maringá, o almoxarifado, o refeitório e a Unidade Didática. Os portões de entrada, com bela arquitetura em concreto aparente, também já estavam construídos.
Durante aquele evento, o parque também já contava com uma filial da Churrascaria Chopim, inaugurada em 30/04/1973. Fundada em 1959, em Londrina, a Churrascaria Chopim foi a primeira do Brasil a oferecer aos seus clientes o sistema de rodízio de carnes e o churrasco do cupim. A churrascaria também tinha filiais em Ponta Grossa, no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina, e no Parque Castelo Branco, em Curitiba.
Imagem aérea do Parque de Exposições Emílio Garrastazu Médici, com as instalações construídas até 1973. Por ter acesso externo, pela Avenida Colombo, a Churrascaria Chopim podia atender ao público da cidade e região durante todo o ano, realizando festas de casamento e reuniões políticas e empresariais.
Em sua terceira edição, em 1974, a denominação da feira foi alterada para Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Maringá - Expoingá, realizada entre os dias 23/11 e 01/12/1974. A exemplo dos anos anteriores, o evento foi promovido pela Prefeitura Municipal de Maringá, através da Autarquia de Fomento Agropecuário.
Cartaz da 3ª Expoingá, realizada entre os dias 23/11 e 01/12/1974.
Imagem aérea do Parque Presidente Emílio Garrastazu Médici durante a realização da Expoingá. Nota-se a presença do público, que lotava a arena de rodeios e shows. À esquerda, os currais onde ficavam os bovinos que seriam expostos e comercializados em leilões. Mais ao fundo, a área onde foi instalado o Parque de Diversões, sempre presente em todas as edições da feira. No alto da imagem, vê-se a parte do Jardim Liberdade, aprovado em 26/06/1973, e, mais à direita, o Parque Industrial I, denominado Parque Industrial Prefeito Luiz Moreira de Carvalho.
A 4ª Expoingá ocorreu entre os dias 15 a 23/11/1975. Foi o último ano em que a feira aconteceu no final do ano. Em 1976, a fim de equalizar as datas, não houve a Expoingá.
A próxima edição da feira - 5ª Expoingá – ocorreria somente entre os dias 14 a 22/05/1977, durante os festejos do 30º aniversário de fundação de Maringá. A partir de então, todas as demais edições da Expoingá ocorreram próximas ao aniversário da cidade.
Cartaz da 6ª Expoingá, realizada entre os dias 27/05 e 04/06/1978.
Imagem aérea do Parque de Exposições. No alto, à esquerda, vê-se as primeiras casas construídas no Jardim América, loteamento autorizado pela prefeitura em 01/04/1976.
Em 26/12/1978, durante a gestão do prefeito João Paulino Vieira Filho, uma área, de 31.176,18 m², foi apartada do Parque de Exposições, para a construção do Centro Social Urbano Rivadávia Vargas (28.738,50 m²) e para a implantação da rua atualmente denominada Pioneira Ely Silveira Ferreira (2.437,68 m²). O Parque de Exposições passou a ter então 248.003,82 m² (10,248 alqueires paulistas).
Google Earth – Área apartada para a construção do Centro Social Urbano Rivadávia Vargas (em verde). O Parque de Exposições (em laranja) ficou com área de 248.003,82 m² (10,248 alqueires paulistas).
Posteriormente, essa área do Centro Social Urbano foi subdividida em três lotes, a saber:
Centro Social Urbano Rivadávia Vargas, com 21.401,59 m²;
Centro Municipal de Educação Infantil Dona Guilhermina Cunha Coelho, com 3.137,39 m², inaugurado em 20/03/1982, pelo prefeito João Paulino Viera Filho; e
Escola Municipal Rosa Palma Planas, com 4.199,52 m², inaugurada em maio de 1994.
Tais subdivisões e respectivas destinações foram aprovadas, em cartório de registro de imóveis, pela CMNP.
Em verde, a área atual do Centro Social Urbano Rivadávia Vargas. Em amarelo, a área do Centro Municipal de Educação Infantil Dona Guilhermina Cunha Coelho. Em azul, a Escola Municipal Rosa Palma Planas.
Imagem aérea do Centro Social Urbano Rivadávia Vargas, que iniciou suas atividades em junho de 1980. Mais ao fundo, aparecem algumas das instalações do Parque de Exposições, incluindo a arena descoberta, mais à esquerda da imagem.
Até as edições de 1978 e de 1979, a Expoingá ainda era organizada pela Autarquia de Fomento Agropecuário de Maringá, presidida pelo pioneiro Benivaldo Ramos Ferreira.
Embora fosse um grande entusiasta da feira agropecuária, o então Prefeito Municipal, João Paulino Vieira Filho, não via como função do Município organizar a Expoingá, que mobilizava inúmeros servidores municipais de diversas secretarias a cada ano. Foi assim que, em 1979, nasceu a ideia de fundar uma entidade específica para tal propósito.
A fundação de tal entidade se deu durante uma reunião na agência do Banco Itaú, cujo gerente era Francisco Rodrigues Dias. Nascia, assim, em 17/08/1979, a Sociedade Rural de Maringá – SRM, associação civil, sem fins lucrativos, com o objetivo de defender os direitos, interesses e aspirações do setor e de seus associados.
Seu primeiro presidente foi Joaquim Romero Fontes, destacado pioneiro e liderança agropecuarista, proprietário de diversas fazendas no Paraná e em outros Estados brasileiros. A primeira diretoria foi formada por importantes nomes do setor, tais como: Wilson Pulzatto; Ary Aladino Cândido; Francisco Feio Ribeiro Filho; Edi de Oliveira Vieira; Mauro Santos Jorge e João Delorenzo.
Nas décadas seguintes, a SRM seria presidida por outros históricos agropecuaristas: Giovanni Lorenzo Ettore José Maria Ridolfi; Ermelindo Bolfer; Hélio Edys Costa Curta; Otávio Dias Chaves Júnior; João Carvalho Pinto; Alcides Fanhani; Neri Fabre; Maria Iraclézia de Araújo e Wilson de Matos Silva Filho.
Desde 1979, dentro do Parque de Exposições, está instalado o Laboratório Rural de Maringá, uma iniciativa da SRM, para prestar serviços de análise de solo para agropecuaristas de Maringá e cidades próximas. Por ser o único laboratório da espécie na região, alunos de graduação da Universidade Estadual de Maringá faziam estágio naquela instituição. Hoje, o laboratório é administrado por uma empresa privada, que atende agropecuaristas de todo o Brasil.
Através da Lei nº 1380, de 03/06/1980, assinada pelo prefeito João Paulino Vieira Filho, o Parque de Exposições foi concedido à SRM, a título gracioso, para nele realizar exposições de animais, plantas e produtos da indústria rural, promover certames de caráter educativo, que visassem desenvolver e divulgar conhecimentos técnicos em torno das atividades agropecuárias, a fim de estimular o seu maior rendimento, e congregar proprietários rurais. Além de administrar o parque, caberia à SRM a responsabilidade de promover e gerir a Expoingá.
A concessão administrativa, em regime de comodato, deu-se pelo prazo de 20 anos. O imóvel continuaria de propriedade do Município de Maringá e, ao final do prazo, a SRM deveria devolver a administração do parque ao Município, sem quaisquer indenizações por melhorias por ela realizadas no período.
A 8ª Expoingá, realizada em 1980, passou então a ser responsabilidade da Sociedade Rural de Maringá, porém ainda contando com o apoio e o incentivo da Prefeitura Municipal. A partir da 9ª Expoingá, realizada em 1981, a organização passou a ser exclusivamente da SRM, que, desde então, vem administrando o parque e promovendo a Feira.
Em 12/06/1981, foi apartada do Parque de Exposições uma área de 16.430,20 m² para o alargamento de avenidas no entorno. O parque passou a contar com uma área remanescente de 231.573,62 m² (9,569 alqueires paulistas).
No Parque de Exposições, também eram realizados diversos eventos de interesse de outros segmentos da sociedade. Em 1982, por exemplo, foi realizado o Festival do Caminhoneiro, por Elnio Silveira Pohlmann, em 29/11. Conhecido como "Apucarana", Pohlmann tinha a fama de encampar grandes projetos. Naquela oportunidade, promoveu sorteio de bons prêmios por meio de um bingo comandado por ele próprio, juntamente do comunicador Paulo Mantovani, eleito vereador dias antes, pelo PMDB.
A Churrascaria Chopim, instalada no Parque de Exposições Emílio Garrastazu Médici, encerrou suas atividades em 1982. Suas instalações passaram a abrigar, a partir de 28/01/1983, uma unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR, inaugurada pelo ministro do trabalho Murilo Macedo, com o objetivo de organizar e desenvolver cursos de treinamento e aperfeiçoamento para atividades rurais, especialmente trabalhos práticos no campo da agricultura e da pecuária.
Organizado pela então Secretaria de Cultura e Turismo, durante a gestão do prefeito Said Felício Ferreira, aconteceu o 1º Festival de Música Sertaneja de Maringá, realizado no Parque de Exposições, entre os dias 22 e 24/06/1984.
Cartaz do 1º Festival de Música Sertaneja de Maringá.
Em 1985, durante a gestão do presidente Ermelindo Bolfer, a SRM realizou, no Parque de Exposições, a 1ª Maringado - Exposição Agroindustrial de Maringá. A exemplo da Expoingá, a Maringado também promovia provas equestres, leilões de bovinos, equinos, suínos e ovinos, torneios leiteiros, parque de diversões, exposições agroindustriais, rodeios e shows.
Muitas foram as inovações promovidas durante a 14ª Expoingá, que ocorreu entre os dias 25/04 a 04/05/1986. Aquela edição da feira, a mais tradicional da cidade e região, superou o público presente no ano anterior, que havia sido de 220 mil pessoas, em quase 15%, totalizando 250 mil expectadores. Esse sucesso foi resultado de diversos trabalhos integrados, que visaram atrair mais público e investidores.
A 16ª Expoingá ocorreu de 22/04 a 01/05/1988. Neste ano, a empresa Magalhães Barros Promoções, associou-se à SRM para promover a feira.
Cartaz da 16ª Expoingá.
Durante a 6ª Maringado, realizada entre os dias 19 e 28/10/1990, foi inaugurada a “Feira Permanente da Indústria do Vestuário”, instalada no Pavilhão Branco do Parque de Exposições, com área de 2.200 m². Esta feira permanente foi o embrião do Vest Sul, primeiro shopping atacadista de Maringá, iniciativa de um grupo de 46 arrojados empresários confeccionistas, que entenderam a necessidade de concentrarem suas lojas em um mesmo local, para comercializarem seus produtos de forma otimizada, oferecendo maior comodidade e tranquilidade para os compradores, sobretudo para os clientes de fora da cidade.
Todos os anos, durante a Maringado e a Expoingá, a Feira Permanente da Indústria do Vestuário comercializava produtos no varejo aos visitantes. No resto do ano, as vendas eram feitas somente no atacado, a comerciantes da cidade, da região e de outros Estados brasileiros, o que contribuiu para fixar o nome de Maringá como um importante polo do vestuário.
A “Feira Permanente da Indústria do Vestuário” ficou estabelecida no Parque de Exposições até fevereiro/1995, quando foi transferida para um local próprio, na saída para Campo Mourão, na atual sede do Shopping Vest Sul.
Cartaz da 6ª Maringado, realizada entre os dias 19 e 28/10/1990.
Desde o final dos anos 1980, a classe empresarial maringaense cobrava, do Poder Público, a criação de uma infraestrutura para melhor adequar eventos de grande porte, potencializando, desta maneira, o turismo de negócios.
Atendendo aos anseios das entidades empresariais, durante a gestão do prefeito Ricardo Barros, o Município decidiu investir recursos públicos para construir um grande pavilhão no Parque de Exposições, onde poderiam ser realizados eventos e feiras da indústria e do comércio.
Construído com recursos municipais, por meio da arrecadação do Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU, o Pavilhão de Exposições foi inaugurado em 07/05/1992, durante a 20ª Expoingá, por ocasião dos festejos dos 45 anos de fundação de Maringá. O pavilhão, com área aproximada de 10.000 m², também ficou conhecido popularmente como Pavilhão Azul. Posteriormente, recebeu a denominação de Pavilhão de Exposições da Indústria e Comércio Christina Helena Barros, em homenagem à empresária, falecida em 07/12/1999, promotora de grandes eventos, dentre os quais a Feira Moda Paraná, criada pelo Sindicato do Vestuário de Maringá, Londrina, Apucarana e Cianorte, em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Maringá – ACIM.
Naquele mesmo ano, entre os dias 04 e 08/11/1992, ocorreu a V Feimar – Feira da Indústria de Maringá, promovida pela Associação Comercial e Industrial de Maringá – ACIM, e pelo Conselho da Mulher Empresária, no Pavilhão Internacional de Feiras de Maringá (Pavilhão Azul), no Parque de Exposições.
Em 1993, a concessão de direito real de uso do parque à SRM foi prorrogada por mais 20 anos, até 2013, de acordo com autorização dada ao Poder Executivo, através da Lei Municipal nº 3504, de 16/12/1993.
No contrato, ficou estipulado que a SRM liberaria à municipalidade as instalações do parque para a realização de eventos contidos no Calendário Oficial do Município, promovidos em conjunto com a Associação Comercial e Industrial de Maringá – ACIM. Ficou contratado, também, que, findo o prazo de concessão, o imóvel reverteria, com todas as suas benfeitorias, ao patrimônio público municipal, independentemente de interpelação judicial ou extrajudicial, sem qualquer ônus para o Município.
Em 1994, foi criado o Hallel Maringá, festival de música católica inspirado no Hallel da cidade de Franca (SP), realizado, em 1988, pelo movimento Renovação Carismática Católica – RCC. Surgiu como uma forma de evangelização e anúncio da Palavra de Deus, reunindo fiéis em momentos de louvor, música e reflexão.
O 1º Hallel Maringá foi realizado no Pavilhão Azul do Parque de Exposições, no dia 30/07/1995. O evento foi organizado pelo Projeto Mais Vida, com apoio da Arquidiocese de Maringá e de movimentos leigos da Igreja Católica. O público participante foi superior a 10 mil pessoas.
Desde então, o Hallel Maringá foi realizado anualmente, sempre no Parque de Exposições, cedido gratuitamente pela SRM. A 25ª edição do Hallel Maringá foi realizada nos dias 05 e 06/10/2019. A edição de 2020 não ocorreu, devido à Pandemia de Coronavirus. Desde então, o evento não foi retomado, até o momento. Nas últimas edições, estimativas apontavam um público entre 50 e 70 mil participantes. É reconhecido como um dos maiores festivais de música católica da América Latina.
Cartaz do 2º Hallel Maringá, ocorrido em julho/1996.
Em 25/03/1996, através da Lei Municipal nº 4060, a denominação do parque foi alterada para Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em homenagem ao homem que, pelo destacado dinamismo empresarial nas áreas do comércio e da agropecuária, e por sua expressiva colaboração nas causas comunitárias, tanto contribuiu para o desenvolvimento de Maringá, e que faleceu em 26/08/1995, aos 79 anos de idade. Em 03/05/1996, durante a 24ª Expoingá, foi descerrada uma placa na entrada do parque, materializando a homenagem.
Francisco Feio Ribeiro.
Em 27/08/1996, foi inaugurada a Feipar Moda 96, voltada para empresários do setor têxtil e de confecções. O evento foi realizado no Pavilhão Azul, cuja infraestrutura recebeu melhorias por parte da prefeitura.
Em 09/05/1997, a cobertura da Arena de Rodeios e Shows foi inaugurada oficialmente na presença do ministro da agricultura, Arlindo Porto, quando João Carvalho Pinto era presidente da SRM. As obras tiveram início durante a gestão do prefeito Said Felício Ferreira e, depois de 20 meses, foram concluídas no começo da gestão do prefeito Jairo de Moraes Gianoto. Foi uma iniciativa conjunta da Prefeitura Municipal de Maringá e da SRM, que reuniu recursos através da realização de promoções. Com área coberta de cerca de 8.500 m² e altura máxima de 20 metros, a arena tem um vão livre de 105 metros. De acordo com o site da Expoingá 2025, a capacidade atual é de 14.000 pessoas sentadas.
Os projetos estruturais e das fundações das obras em concreto foram de autoria do engenheiro João de Miranda, da empresa J. de Miranda Consultoria, Engenharia e Projeto Ltda., e da Hiconci – Hidráulica e Construção Civil Ltda., empresa comandada pelo engenheiro Hélio Edys Costa Curta, ex-presidente da SRM e presidente da ACIM, à época. Os projetos arquitetônico e estrutural da cobertura foram de autoria da engenheira Marcela Paula Maria Zanin Meneguetti. A execução da estrutura metálica coube à Femibra – Estruturas Metálicas Ltda., empresa sediada em Maringá. João Carvalho Pinto, presidente da SRM, frisou que a realização de tão ousada obra somente foi possível graças ao entusiástico apoio do prefeito Said Ferreira. Disse que a arena seria o novo cartão-postal da cidade. A arena foi denominada Arena Coberta Joaquim Romero Fontes, em homenagem ao primeiro presidente da SRM.
A edição de 13/05/1997, do periódico O Diário do Norte do Paraná, informou que a 25ª Expoingá foi visitada por mais de 421 mil pessoas e gerou negócios de R$ 22 milhões. As comemorações pelos 50 anos de fundação de Maringá, e dos 25 anos da Expoingá, contribuíram para o sucesso da feira. Naquele ano, o evento foi promovido pela SRM e pela Prefeitura. A realização foi da LPR Publicidade, Promoção e Montagem, com o apoio do Governo do Estado e do SEBRAE-PR. Foram expostos 5.500 animais (bovinos, equinos, suínos e ovinos).
De 22 a 26/10/1997, ocorreu a 13ª e última Maringado, no Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, numa promoção da SRM, com o apoio da Prefeitura de Maringá e do Programa do Voluntariado Paranaense – PROVOPAR.

Cartaz da 13ª Maringado, realizada entre os dias 22 e 26/10/1997.
A partir de 1997, com o apoio da Sociedade Rural de Maringá, teve início um projeto de equoterapia, que ajudava pessoas com deficiências a desenvolverem a coordenação motora e se integrarem à sociedade.
O projeto, que perdurou por muitos anos, sempre empreendido no Parque de Exposições, desenvolveu um método terapêutico e educacional que utilizava o cavalo como agente facilitador, proporcionando aos pacientes ganhos cognitivos, psíquicos, motores, linguísticos, comportamentais e sociais.
Bilhete da Loteria Federal, divulgando a 27ª Expoingá, realizada de 06 a 16/05/1999.
Em 2004, Joaquim Romero Fontes foi convidado por um grupo de dirigentes a candidatar-se, novamente, à presidência da SRM. Com 88 anos de idade, Joaquim não hesitou em atender aos apelos, a fim de preservar a entidade e o próprio parque, que caminhava para uma situação de sucateamento. Joaquim foi eleito para a gestão 2004-2008, 25 anos depois de sua primeira gestão à frente da entidade. Seu primeiro ato foi não renovar o contrato, assinado em gestões anteriores, de terceirização da organização do mais importante evento da cidade, a Expoingá. Doravante, seria a própria SRM que voltaria a organizar a Feira.
Em 14/05/2008, durante a 36ª Expoingá, aconteceu o show da banda de rock escocesa Nazareth. A apresentação foi realizada na arena coberta, quando mais de 25 mil pessoas compareceram ao evento.
Antes do vencimento do prazo contratual de concessão do parque, a SRM apresentou, em 18/09/2013, projeto para reestruturar o parque. Junto ao futuro centro de convenções e o pavilhão azul, o projeto previa um restaurante de 770 m², com capacidade para atender os dois espaços. O modelo garantia 154 vagas de estacionamento, com entrada pela avenida Guaiapó. “Trata-se de um centro de convenções em condições de atender grandes eventos, sustentável, com aproveitamento de iluminação e ventilação natural”, explicou o arquiteto Edson Cardoso Pereira, responsável pelo projeto. A proposta previa, ainda, a construção de um hotel anexo ao centro de convenções e ao pavilhão azul. Com capacidade para 120 apartamentos, o prédio ocuparia parte da área de estacionamento, que, neste caso, teria dois andares reservados aos veículos, com 249 vagas, mais 90 vagas no entorno da edificação. Dentro da proposta da Sociedade Rural de Maringá estava incluída a reforma do Pavilhão Azul e a instalação de piso em concreto na arena coberta, além de um centro de serviços. Wilson de Matos Silva Filho, presidente da SRM, apresentou ainda o resultado de uma pesquisa com moradores do entorno, mostrando a aceitação da estrutura na área.
Em 17/12/2013, através da Lei Municipal nº 9.663, o Poder Executivo foi autorizado a prorrogar a concessão de direito de uso real da área do Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, em favor da Sociedade Rural de Maringá, por mais 180 dias, a contar do dia 31/12/2013.
Em 17/01/2014, através da Lei Municipal nº 9.669, o Poder Executivo foi autorizado a realizar concorrência para concessão de direito real de uso, na modalidade de Concessão Administrativa, da área de terras e edificações denominada Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro.
Como não houve tempo hábil para concluir a concorrência, o contrato com a SRM foi prorrogado, novamente, até 31/12/2014, conforme autorizado pela Lei Municipal nº 9.801, de 21/07/2014.
Em 20/11/2014, a prefeitura publicou o Edital de Concessão do Parque de Exposições, com área de 228.073,62 m² e 41.310,00 m² de edificações construídas. A proposta previa que a instituição vencedora da concorrência deveria realizar um investimento mínimo de R$ 10 milhões, sendo garantida a exploração do espaço por um período de 30 anos.
Dentre outras exigências, o Edital previa a construção ou reforma de um dos dois pavilhões existentes no parque, para possibilitar a criação de um auditório com capacidade para duas mil pessoas sentadas. Além disso, este mesmo espaço precisaria permitir a realização de eventos simultâneos, com capacidade para 250 pessoas cada.
Outro investimento contemplado em edital seria a readequação da arena de rodeios. O que se pretendia era transformar o espaço em arena multiuso, com piso removível e conforto térmico e acústico, o que permitiria a realização de eventos culturais, artísticos, sociais e esportivos.
A concorrência foi vencida pela SRM.
Em 27/03/2015, durante a 43ª Expoingá, o prefeito Carlos Roberto Pupin e o presidente da SRM, Wilson de Matos Silva Filho, assinaram o contrato de concessão nº 120/2015, que prevê serviços de construção, modernização, requalificação, administração, operação, reforma, manutenção e exploração comercial de área parcial de terras e edificações, de propriedade da Prefeitura, situado na Avenida Colombo, nº 2186, com área de 228.073,62 m² e 41.310,00 m² de edificações construídas, para exploração de serviços nas áreas de desenvolvimento econômico, cultura, turismo, lazer, entretenimento e atividades complementares, e as que vierem a ser construídas a encargo da concessionária, de acordo com proposta técnica aprovada, segundo as condições definidas no Edital de licitação de Concorrência Nº 053/2014-PMM – Processo nº 2153/2014-PMM. Prazo: 30 anos. Investimentos a serem feitos pela concessionária: R$ 10.000.000,00.
Ao centro, o prefeito Carlos Roberto Pupin e o presidente da SRM, Wilson de Matos Silva Filho, durante o anúncio da renovação da concessão do Parque de Exposições, por mais 30 anos.
Em 12/05/2015, a prefeitura pagou R$ 250.000,00 à Sociedade Rural de Maringá, por bilhetes de entrada gratuita, destinados à população em geral, na Expoingá daquele ano.
Em 09/06/2015, foi assinado contrato entre a prefeitura e a Cedro Construções Civis Eireli, para a reforma do Pavilhão Branco do Parque de Exposições.
Vista aérea do Parque de Exposições, durante a 44ª Expoingá, realizada de 05 a 15/05/2016.
No ano de 2017, mais de 14 mil pessoas participaram da celebração dos 60 anos da Arquidiocese de Maringá. O evento foi realizado no dia 12/03, na arena coberta do Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro. A Santa Missa foi presidida pelo Cardeal Dom João Braz de Aviz, então prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, no Vaticano.
Imagem aérea do Parque de Exposições durante a 45ª Expoingá, em 2017, por ocasião dos festejos dos 70 anos de fundação da cidade de Maringá.
Vista aérea do Parque de Exposições, durante a 46ª Expoingá, que foi realizada de 03 a 14/05/ 2018.
A Expoingá deixou de ser realizada durante os anos de 2020 e 2021, em função das restrições decretadas durante a Pandemia de Coronavirus.
Em 08/05/2022, durante a 48ª Expoingá, o pavilhão do Museu da Agricultura e Pecuária – Agromuseu, recebeu a denominação de Pavilhão Wilson de Mattos Silva, em homenagem ao professor e fundador da UniCesumar, importante parceira dos eventos da SRM.
Entre os dias 23 e 25/06/2023, a Sociedade Rural de Maringá promoveu, no Parque de Exposições, o 1º Rural Maringá Junino, com o objetivo de promover a cultura e as tradições brasileiras, preservando o espírito festivo e acolhedor que caracteriza as festas juninas, com uma programação ampla e diversificada, garantindo a diversão de pessoas de todas as idades. A segunda edição ocorreu em 2024, com a participação de 20 mil pessoas. A 3ª edição foi realizada entre os dias 26 e 29/06/2025.
Realizada entre os dias 08 e 18/05/2025, a 51ª Expoingá recebeu a visita de 516 mil pessoas, prospectou negócios de R$ 1,1 bilhão, teve 1.108 expositores, gerou 10.800 empregos diretos e indiretos, arrecadou 45 toneladas de alimentos, teve shows, exposições de bovinos e ovinos, eventos técnicos, visitantes de 15 países estrangeiros e três dias de entrada franca ao Parque.
Notícia veiculada pelo Maringapost informou que a prefeitura pagaria R$ 250.000,00 à SRM por entradas gratuitas na Expoingá, no show de aniversário da cidade. Projeções da entidade estimavam em 75 mil pessoas por dia na Expoingá. Para o feriado a estimativa foi de 85 mil pessoas no Parque de Exposições.
Em 2025, o espaço Agromuseu, dentro do Parque de Exposições, organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IDR-Paraná, em parceria com a Sociedade Rural de Maringá, foi instalado para contar a história da Extensão Rural no estado e sua importância para o desenvolvimento da agropecuária no Paraná. No Pavilhão Reitor Wilson de Matos Silva, foi organizada uma exposição para contar a história da Expoingá.
Há anos, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER, que atualmente está integrada ao IDR, participa ativamente da Expoingá, com destaque para a "Fazendinha da Emater", um espaço educativo que visa mostrar o trabalho da empresa e promover a interação com o público, especialmente estudantes.
Atualmente, o Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro é o maior local para a realização de eventos na cidade. Além disso, a SRM conta com um estúdio profissional nas dependências do Parque de Exposições, equipado com o que há de mais moderno para a realização e transmissão de eventos on-line e lives, que se difundiram e se fazem tão importantes e necessários nos dias atuais.
Ao longo da existência da SRM, inúmeras gestões, todas compostas por pessoas de expressiva representatividade no agronegócio, voluntariamente dedicaram uma parte de suas vidas à estruturação do Parque de Exposições de Maringá, ao fortalecimento da entidade, à consolidação da Expoingá e à valorização da cidade no contexto do agronegócio nacional.
Ao longo do tempo, a Sociedade Rural de Maringá e o Município de Maringá investiram muito em infraestrutura no Parque, e o espaço, que tem localização privilegiada, com diversas vias de acesso, segurança e amplo estacionamento para veículos, foi ganhando recintos modernos e versáteis, que permitem a realização dos mais variados tipos e portes de eventos relacionados ao agronegócio, à indústria, ao comércio, aos serviços, à cultura e ao entretenimento, não apenas da cidade de Maringá, mas também do Estado do Paraná e de todo o Brasil.
Certamente, o Parque Internacional de Exposições Francisco Feio Ribeiro, mais do que um importante marco na paisagem da cidade, é um local que contribui para moldar a história e a cultura de Maringá e deve ser preservado para o proveito das gerações futuras. Desde a sua inauguração, em 1972, até os dias atuais, vem cumprindo o seu objetivo, não só de ser o grande palco das exposições do agronegócio, mas também um lugar onde se fomenta o desenvolvimento dos setores agropecuário, comercial, industrial e cultural de Maringá e região.
Fontes: Arquivos - Câmara Municipal de Maringá / Cartório de Registro de Imóveis / Instituto Isa e Gastão de Mesquita Filho / Gerência do Patrimônio Histórico de Maringá / J. C. Cecílio / Livro: Seu Joaquim, um brasileiro de coragem, de Rogério Recco / Sites: Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional / Maringá Histórica / Prefeitura de Maringá / Sindicato Rural de Maringá / Sociedade Rural de Maringá / Vest Sul – Atacado de Moda / Wikipedia.org / www.aqua.com.br/blog/lugares-de-memoria / Revisão do Texto: Flávio Augusto de Carvalho.