Feita na primeira metade dos anos 1950, a foto mostra um dos estabelecimentos de diversão mais lembrados pelos maringaenses que viveram o período. O Cine Maringá foi transferido para a então avenida Ipiranga (atual Getúlio Vargas) em maio de 1953, durante as festividades do 6º aniversário da cidade. Funcionando desde 1948 em outro endereço, na avenida Brasil, em frente à então praça da Rodoviária (hoje Napoleão Moreira da Silva), o empreendimento foi constituído por Odwaldo Bueno Netto e administrado por seus filhos.

As películas exibidas eram provenientes de Botucatu, São Paulo, e eram enviadas por meio da Viação Garcia. O transporte também ocorria pela ferrovia e, em alguns casos, por via aérea.

O Cine Maringá, por sua vez, tinha uma estrutura ampla, capaz de comportar até 1.600 pessoas sentadas. Contudo, a sua imponência não era capaz de amenizar contrastes nas imediações da região central da cidade. 

Fechado desde então, o imóvel ao lado do Cine Maringá seria motivo de questionamentos da imprensa anos depois. A seção de O Jornal de Maringá, “O lado mau da cidade”, publicou, em 23 de julho de 1960, uma denúncia sobre a existência dessa estrutura abandonada.

Esse prédio comercial com duas portas apresentava-se em estado degradado. Sem uso e malcuidado, o texto foi bastante crítico aos órgãos de fiscalização do Executivo Municipal:

“[...] é um documento sujo de velhas intrigas e discussões que o referido prédio ocasionou. Feio, inútil e irritante, não tem serventia e cria uma aparência mentirosa na sua história. Nem mesmo a desculpa de ser velho lhe cabe para amenizar a péssima impressão que causa a todos [...]”.

Fontes: O Jornal de Maringá — 23 de julho de 1960 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica.

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