1956
Diversos políticos, empresários e personalidades nacionais marcaram presença na inauguração do Grande Hotel Maringá, em 22 de setembro de 1956. De sua propriedade, a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná promoveu uma extensa programação para aquela data. Com projeto elaborado pelo escritório do arquiteto paulista José Augusto Bellucci, as obras foram executadas pela Construtora de Imóveis São Paulo, da família Vidigal, entre 1951 e 1956.
Na presença da diretoria da empresa, de familiares e de diversas autoridades — dentre elas o governador do Paraná, Moysés Lupion — realizou-se o corte da fita no saguão do empreendimento, seguido da bênção do bispo de Jacarezinho, Dom Geraldo de Proença Sigaud, e de um banquete. Meticulosamente, os funcionários da Companhia organizaram a solenidade: desde o acompanhamento dos convidados, do aeroporto até o local de seus assentos nas mesas do almoço, até a hospedagem daqueles que permaneceriam na cidade.
Dentre algumas figuras, destaca-se Irene Bojano, que aparece à direita da primeira imagem, sentada à mesa com Gastão de Souza Mesquita Filho e Alcides Vidigal, membros das principais famílias acionistas da Companhia. Cronista social, Maria Irene de Bojano nasceu em São Paulo, em 7 de novembro de 1913. Nome de relevância na imprensa paulista, trabalhou nos jornais A Nação e Correio Paulistano.
Bojano foi uma das primeiras jornalistas da TV Excelsior, canal 9, estando sob a direção de Lahyr de Castro Cotti. Também foi atriz e atuou em peças encenadas no Teatro Municipal de São Paulo, interpretando textos do conterrâneo Abílio Pereira de Almeida. Participante ativa da política, foi candidata a vereadora na capital paulista em 1947, pela União Democrática Nacional (UDN). Faleceu em 1988.
A segunda imagem mostra diversas pessoas reunidas em torno do empresário Adalberto Ferreira do Valle, que aparece de terno branco. Adalberto Valle, como era mais conhecido, era bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, formado em 1931. Aquele foi o mesmo ano que assumiu a administração dos seringais da família no Amazonas após o falecimento do pai. Tais propriedades foram tão extensas que inspiraram o romance A Selva, do escritor português Ferreira de Castro.
Membro da diretoria da Refinaria de Petróleo de Manaus e fundador da Companhia Brasileira de Fiação e Tecelagem de Juta, em 1954, Adalberto Valle retornou à capital paulista, onde passou a atuar na Companhia de Seguros Prudência e Capitalização, da qual se tornou presidente. Foi também diretor do Banco Sul Americano do Brasil, em São Paulo, e presidente da Sociedade Amigos de Campos do Jordão. Além de industrial, teve destacada participação no setor turístico, sendo fundador do Hotel Amazonas, em Manaus (1951), e do Brasília Palace Hotel (1958) — o que pode justificar sua presença naquele evento no interior do Paraná.
Adalberto Valle ingressou na vida pública ao eleger-se deputado federal pelo PTB do Amazonas, em 1958, mas não disputou a reeleição. Faleceu três dias após o término de seu mandato parlamentar.
Fontes: Instituto Isa e Gastão de Souza Mesquita Filho / Acervo Maringá Histórica.
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