Ardinal Ribas foi um empresário de relevância para Maringá.

Em 1953, ao lado de mais cinco sócios, ele fundou a Sociedade Telefônica do Paraná S.A., cuja sede localizava-se na Avenida Herval, nº 428, na região central da cidade. Dois anos depois, Maringá tornou-se o primeiro município do Paraná a receber a telefonia automática. Apesar de críticas iniciais ao formato de comercialização do sistema, a população passou a valorizar o serviço, já que não era mais necessária a intermediação de telefonistas ou longas esperas para ligações interurbanas. A partir de então, empresas e residências puderam realizar chamadas diretamente por meio de telefones de disco.

Ribas também integrou o grupo de sócios majoritários do impresso O Jornal de Maringá e fundou o time de futebol amador Telefônica Esporte Clube (TEC). Em 1967, a Sociedade Telefônica foi incorporada pela Telepar (Telecomunicações do Paraná S.A.). No ano seguinte, filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena), concorreu à prefeitura de Maringá.

Na eleição de 1968, João Paulino contava com forte prestígio político, enquanto Adriano Valente conquistou popularidade ao ser associado à imagem de “pé-de-chinelo”. Ribas enfrentava críticas por conta de processos envolvendo a Sociedade Telefônica do Paraná, que não havia entregue linhas no prazo previsto, tema que chegou a ser debatido pela Associação Comercial e Industrial de Maringá. Segundo o historiador Reginaldo Benedito Dias, o empresário buscava apresentar-se como representante da “pacificação política”.

No resultado final, Adriano José Valente foi eleito quinto prefeito de Maringá com 19.471 votos, seguido por João Paulino, com 14.415 votos, e por Ardinal Ribas, que obteve 1.044 votos.

Fontes: "Da arte de votar e ser votado: as eleições municipais em Maringá", de Reginaldo Benedito Dias / Acervo Maringá Histórica. 

Outras publicações:

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