O vídeo traz um raro registro da exposição de gado indiano
de Celso Garcia Cid, realizada, possivelmente, em 1964, no Clube Hípico de
Maringá. A filmagem mostra, além de Garcia, Ivens Lagoano Pacheco.
Em 1962, o empreendedor Celso Garcia enviou grandes
conhecedores de zebu para a Índia, a fim de buscar o que havia de melhor
daquele país. Esses homens chegaram em fevereiro daquele ano, em junho o gado
já estava selecionado e comprado. Contudo, o Brasil cancelou a importação
naquele mesmo período, liberando-a, somente, seis meses mais tarde. Em
novembro, a bordo do navio Cora, o gado, de genética proveniente da moderna
pecuária tropical, começou a ser importado ao nosso país.
Seguiram para Fernando de Noronha, onde desembarcariam um
lote de 400 animais da raça nelore, guzerá, gir e kangayan, além de búfalos,
cabritos e galinhas. O desembarque, no entanto, foi um desastre. A começar pela
quarentena do gado, que acabou durando oito meses. “Acabou a ração. O gado
quase morreu. Depois, no Recife, com os navios cheios de ração, as autoridades
prendem a embarcação durante dois meses. Foi um prejuízo danado”, conta José de
Carvalho Neto, com 21 anos na época.
Os envolvidos na transação foram até Brasília falar com o
ministro da Agricultura do governo João Goulart. Em 48 horas, o Ministério
liberou a autorização para comprar a ração do gado. Em setembro de 1963,
finalmente, o zebu da Índia desembarcou em Santos.
Em 1964, Celso Garcia Cid apresentou as novas espécies de
gado que haviam sido introduzidas no Brasil, em um evento que ocorreu no Clube
Hípico de Maringá, e que, inclusive, pode ser considerado o precursor da atual
Expoingá, Feira Agropecuária dessa cidade. Nesse evento, o filho de Garcia faz
uma palestra sobre as dificuldades para a importação, além de exaltar o apoio prestado por
um marajá indiano de nome Bavnagar.
Fonte: Filmagem feita pelo Dr. Aloysio de Lima Bastos /
Acervo Fazenda Cachoeia / Acervo Maringá Histórica.
Boa!
ResponderExcluirMiguel é no Hipico mesmo, eu reconheci o lugar, fomos socios de la por muitos anos
ResponderExcluirPaulo Jacomini