Faleceu Miguel Vaspiano - O menino que nasceu nas alturas

2010

Soube ontem, por meio de uma leitora do blog, que Miguel Vaspiano, o menino que nasceu no território aéreo de Maringá, dentro de um avião da VASP, faleceu ontem (13/05/2010) em Manaus-AM, em consequência de um desastre aéreo.

Interessante que Miguel nasceu em um avião e morreu dentro de outro, desta vez, como piloto.

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AQUI, a notícia de seu nascimento.

Abaixo, a notícia de seu falecimento:

Júlio Pedrosa
Da equipe de A CRÍTICA


Tendo como lema de vida o amor pela aviação, o comandante paranaense Miguel Vaspeano Lepeco, 56, se orgulhava em dizer que voar estava em seu sangue desde o nascimento. E não era à toa. O piloto simplesmente nasceu durante um voo da extinta companhia Viação Aérea São Paulo (Vasp).

O avião já se aproximava do espaço aéreo da cidade de Maringá, no Paraná, quando a mãe de Vaspeano o deu à luz. O nome Vaspeano foi dado, inclusive, em homenagem à empresa. Os amigos lembram do piloto como um cuidadoso e excelente comandante. Ele pilotova o avião Sêneca, prefixo PT JUV, que caiu ontem no bairro do Zumbi.

Amigo de Vaspeano, o comandante Antônio José de Almeida Maia, 54, há 30 anos trabalhando na aviação, classifica o companheiro como um dos pilotos mais experientes da Amazônia. “Eu conhecia o Vaspeano há pelo menos 12 anos, e toda a trejetória de vida profissional dele foi em torno da aviação de táxi aéreo. Voou muito tempo no garimpo e era muito experiente”, afirma Maia, lembrando que o amigo já havia sofrido alguns acidentes, mas sempre conseguiu se sair da melhor maneira possível.

“Era uma pessoa muito capaz e hoje não podemos dizer o que aconteceu. Somente uma investigação por parte do Ceripa vai resultar num laudo que indicará as causas do acidente. Hoje seria muito precipitado falar algo”, admite o amigo. O comandante comenta que o fato de possuir 30 anos de uso não é determinante para atestar as condições de uso de uma aeronave. “Um avião você não conhece pelo ano de fabricação e sim pelas inspeções às quais ele é submetido”, afirmou, acrescentando que as inspeções podem ser feitas a cada 50 horas.

“Geralmente é feita a troca de filtro, velas e óleo. Com 100 horas é feito outro tipo de revisão. Todo avião tem um relatório de voo e um documento de controle técnico de manutenção, com o registro da revisão de cada peça, que deve ser trocada automaticamente”, diz. Segundo Maia, todo táxi aéreo tem esse controle rígido porque a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) faz inspeções periódicas e as aeronaves têm que estar dentro do que preconizam as normas do órgão”, explicou o piloto. A média é de dez horas de voo e em dois meses essas aeronaves podem voar até 40 horas.

“Estou admirado porque o Vaspeano era muito cuidadoso”, lamentou Antônio Jose, que é amazonense.

Fonte: Acervo Maringá Histórica / Contribuição - Bárbara de Lima / www.acritica.com.br

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