Em 1967, Ardinal Ribas ao lado de Nelson Hungria, então titular do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nascido em Castro, no ano de 1920, Ardinal Ribas foi garimpeiro nos rios Igapó e Tibagi. Ainda jovem, iniciou os trabalhos de instalador de cabos telefônicos na Companhia Telefônica Nacional. Em pouco tempo, tornou-se gerente da empresa.
O pico do seu empreendedorismo se deu em 1953, quando, ao lado de mais cinco sócios, adquiriu a Sociedade Telefônica do Paraná S/A em Maringá. Após três anos, Ardinal trouxe sua família para morar na cidade.
A instituição da telefonia automática em Maringá foi um marco na história do Paraná. Em 1955, o município foi o primeiro do estado a receber a benfeitoria. Apesar de algumas críticas no formato de comercialização do sistema, aos poucos os cidadãos se deram por satisfeitos, visto que não era mais necessária a presença da telefonista. A partir de então, cada um pôde realizar as próprias chamadas pelo telefone a disco de suas empresas ou residências.
Ardinal Ribas ainda compôs o grupo de sócios majoritários de O Jornal de Maringá, além de fundar o time de futebol amador Telefônica Esporte Clube. O campo dessa equipe ficava onde hoje se encontra o Shopping Cidade (anteriormente Mercadorama).
Em 1967, a Sociedade Telefônica foi incorporada pela Telepar (Telecomunicações do Paraná S/A.).
Na comunidade, Ardinal Ribas participou de diversas entidades. Foi presidente do Grêmio de Esportes de Maringá e vice-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Ao lado de outras personalidades, foi um dos responsáveis pela implantação da Faculdade de Direito de Maringá. Nas eleições para a presidência da então Associação Comercial e Industrial de Maringá (ACIM), no final de 1969, Ribas fez "bate-chapa" contra Ubiraja de Araújo Pismel. Do confronto, Pismel saiu vitorioso.
Ribas também compôs o cenário político como figura pujante e crítica. Candidatou-se à Prefeitura de Maringá em 1968, mas foi derrotado pelo advogado Adriano José Valente. Dois anos depois, consagrou-se o terceiro deputado federal mais votado do Paraná, com 48 mil votos. Aquele também foi o momento da maior bancada maringaense composta na Câmara Federal, pois, ao lado de Ribas, estavam Ary de Lima, Túlio Vargas e Silvio Barros.
Apesar de integrar a coligação da Arena (Aliança Renovada Nacional), Ardinal Ribas não compartilhava das opiniões do Regime Civil-Militar. Geralmente, questionava os projetos impostos pelo Governo. Uma das críticas mais polêmicas envolvendo Ribas foi o pedido de abertura de CPI para averiguar os gastos da Seleção Brasileira durante participação na Copa do Mundo de 1970.
Em 1973, devido a um infarto, Ardinal Ribas morreu no final de seu primeiro e último mandato na Câmara Federal. Devido a seus feitos, muitas cidades do Paraná emprestam seu nome para vias e prédios públicos.
Fonte: artigo originalmente publicado na Gazeta do Povo - 7 de outubro de 2011 / Acervo Maringá Histórica.
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